01 de setembro, de 2007 | 00:00

Corpos de casal são localizados em mata

Cadáveres foram encontrados próximos ao antigo aterro sanitário

Wellington Fred


Dos corpos do homem e da mulher encontrados na mata sobraram, praticamente, ossos
IPATINGA - Os peritos da 36ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) de Caratinga recolheram, na manhã de ontem, dois corpos de um casal executado e em estágio final de decomposição. Os restos mortais estavam no talhão 14, projeto Lagoa Bonita, no distrito de Cordeiro de Minas, município de Caratinga. O local é bem próximo ao antigo aterro sanitário de Ipatinga.Os corpos foram localizados na terça-feira pelo vigia florestal da Cenibra José Gonçalves Custódio. Ele sentiu um mau-cheiro vindo de um matagal numa estrada vicinal ao antigo acesso a Revés do Belém. Ao verificar, deparou com dois corpos, um homem e outro de mulher, mas já no estágio final de decomposição, restando apenas pele e ossos. O 11º Batalhão de Polícia Militar de Manhuaçu foi avisado pelos colegas do 14º Batalhão. Os militares da região vizinha ao Vale do Aço teriam ficado incumbidos de acionar a perícia de Caratinga. O erro pode ter surgido com uma dúvida durante a comunicação. Eles acharam que Ipatinga iria fazer o trabalho pericial e os dois cadáveres ficaram até ontem, pela manhã, no mesmo lugar.Ontem, de novo, os fiscais da Cenibra depararam com os corpos e, desta vez, a PM de Ipatinga foi acionada. Os militares acionaram os peritos da Polícia Civil de Caratinga. Os restos mortais foram retirados pelo perito Marcelo, da 36ª DRPC, e encaminhados para o IML da regional.TrabalhosO DIÁRIO DO AÇO acompanhou os trabalhos dos policiais militares da 82ª Companhia, equipe do sargento Abnel, e do perito. Marcelo acredita que os corpos estariam no local há mais de três meses. “Pela posição dos cadáveres, essas pessoas foram executadas e depois jogadas nesta mata. Inclusive o corpo feminino estava com uma perfuração de tiro no crânio”, mostrou o policial civil.Os corpos são de duas pessoas negras, estatura mediana e cabelos crespos, dentes bem conservados. “Não há roupas, tudo indica que o objetivo dos assassinos foi tentar evitar a identificação dos corpos. Por serem duas pessoas, isso pode ajudar na apuração de suas identidades, pois é difícil ter duas pessoas desaparecidas juntas”, apontou o perito Marcelo.
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