28 de agosto, de 2007 | 00:00

Assassinato previsto

Adolescente que foi alvo de duas tentativas de homicídio e confessou crime é morto a tiros em plena praça do Canaãzinho

Wellington Fred


Welbert, o Mancola, foi executado com vários tiros no fim da tarde de domingo, na rua Magdala
IPATINGA - Aconteceu o que já era previsto: a morte do adolescente Webert Cristiano de Souza, de 16 anos, o Mancola. Ele foi executado com vários tiros no fim da tarde de domingo, na rua Magdala, junto à praça do bairro Canaãzinho. Dois homens não identificados teriam chegado próximo ao menor e dispararam vários tiros, cinco deles na cabeça. Este adolescente foi alvo de duas tentativas de homicídio e também confessou a autoria de um homicídio ocorrido em maio deste ano.Esta nova execução no Vale do Aço aconteceu por volta das 18h, conforme relataram testemunhas em conversa com a Polícia Militar. Mancola passava numa bicicleta próximo à praça, quando foi surpreendido pelos seus assassinos. Um dos dois desconhecidos estava armado com revólver e atirou várias vezes na cabeça do adolescente, além de outras partes do corpo. O garoto morreu no meio da rua, com as pernas presas na bicicleta que pedalava.O perito Gilmar Miranda realizou os primeiros levantamentos no local do crime, juntamente com a equipe do cabo Geraldo Coelho, da Polícia Militar. As primeiras informações davam conta de que os autores eram dois ciclistas, um deles de camisa azul e short amarelo. Eles teriam fugido numa bicicleta em direção à avenida Gerasa. Já outros comentários de curiosos apontaram que o autor estaria numa moto, não sendo informada a cor ou modelo.O corpo dele foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Ipatinga e liberado para a família na manhã de ontem. Cinco tiros acertaram a cabeça de Mancola, na região da nuca; outros disparos efetuados possivelmente de revólver calibre 38 atingiram a perna e o braço esquerdo do adolescente. O enterro ocorreu ainda ontem, no fim da tarde, após ser velado na capela do Cemitério Senhora da Paz, bairro Veneza II, onde ocorreu o sepultamento.PassadoEste adolescente confessou há poucos dias a autoria da morte do soldador Epitácio Silva Oliveira, o Tita, de 32 anos, conforme já divulgou o DIÁRIO DO AÇO. Ele foi morto a tiros no dia 25 de maio na praça do bairro Canaãzinho. O motivo seria um tapa que Tita teria dado no rosto de Mancola, conforme depoimento dele à delegada Adeliana Xavier Santos, na Delegacia Adjunta de Crimes contra a Vida (DACcV). Porém, a polícia suspeita que o crime seja uma disputa por causa de ponto de drogas.O adolescente, que confessou a autoria do assassinato de Tita, acabou virando alvo de duas tentativas de homicídio, uma prévia do que poderia ocorrer com ele. A primeira ocorreu no fim da noite de 30 de junho, na rua Nova Iorque, no bairro Vila Militar. Ele foi atacado por duas pessoas que chegaram à sua casa e abriram fogo acertando três tiros contra o menor.O resgate do Samu socorreu o adolescente e o encaminhou ao Hospital Márcio Cunha. Um Celta não identificado teria tentado interceptar o veículo de resgate durante o trajeto, sem sucesso. Dias depois, o adolescente foi alvo de outra tentativa, mas ele conseguiu se salvar sem ser ferido. Mancola foi apreendido ainda com um revólver dentro de um bar no bairro Canaãzinho, arma suspeita de ter sido usada na morte de Tita.MedoO medo entre os familiares é tanto que eles falaram muito pouco sobre a morte de Webert. A tia dele, Geralda Maria de Souza, disse que chegou a ver a multidão na rua. “Voltava do meu trabalho, quando notei uma multidão próximo da Assembléia de Deus. Quando cheguei em casa, fiquei sabendo do que tinha acontecido”, disse Geralda Maria.Ela ressaltou que a família tentou tirar o sobrinho da vida que levava, mas sem sucesso, inclusive querendo internar o adolescente numa casa de recuperação. “Ele não quis. É a vida que Webert escolheu”, resumiu Geralda, que evitou responder sobre os problemas que Mancola tinha com outras pessoas.
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Comentários

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João

22 de junho, 2022 | 04:00

“Quem matou ele foi o Fé mais o outro amigo dele que ele mesmo manda matar, conhecido como Narjula que morreu no bar do 00 hora”

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