26 de agosto, de 2007 | 00:00

17 anos de prisão para bárbara execução no Nova Esperança

Arquivo/DA


O juiz Antônio Augusto Calaes presidiu todas as sessões do Júri
IPATINGA - A 2ª Vara Criminal e de Precatórios Criminais da Comarca de Ipatinga realizou a primeira pauta de julgamentos pelo Tribunal do Júri deste segundo semestre. Entre os réus julgados estavam os acusados de cometerem uma brutal execução ocorrida na rua Um, no bairro Nova Esperança, no dia 17 de setembro do ano passado. O ajudante Ronaldo de Paula Costa, de 21 anos, foi assassinado com várias facadas, tiro e, após ter parte do corpo queimado, o cadáver foi jogado numa fossa.O julgamento ocorreu na segunda-feira e sentaram no banco dos réus Gladiston Wantuil Sampaio, o Negão, de 37 anos, e Edmar Luiz de Souza, o “Dom Ratão”, de 32, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Neste mesmo dia seria julgado também Davidson Barbosa Silva, o “Dedé”, de 22 anos; porém, ele vai enfrentar o júri em outra data. O advogado dele, João Batista da Costa, teve problemas de saúde e o processo de Dedé foi desmembrado. Dedé será julgado em outubro deste ano.O juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira presidiu todas as sessões do Júri, e trabalhou na acusação o promotor Rafael Pureza da Silva Nunes. Os réus Negão e Dom Ratão foram defendidos pelos advogados Rodrigo Márcio do Carmo e Joel Lacerda e Silva, respectivamente. Entre as alegações da defesa estavam a negativa de autoria, legítima defesa putativa e homicídio privilegiado.O Conselho de Sentença condenou os réus pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel) e por ocultação de cadáver. Pelo primeiro crime, os acusados pegaram 16 anos de prisão no regime fechado, e um ano de prisão no regime aberto pela ocultação, totalizando 17 anos. O juiz negou aos condenados recorrer da sentença em liberdade por ser tratar de crime hediondo.O crimeConsta dos autos que na tarde de 17 de setembro de 2006 Negão, Dom Ratão e Dedé estavam com a vítima, juntamente com um adolescente. Ronaldo passou a discutir com Dom Ratão por causa de R$ 600 de uma dívida de drogas. O menor recebeu a ordem de execução pelo telefone e todos passaram a agredir a vítima. O menor teria desferido as facadas.Dom Ratão ainda teria dado um tiro no olho de Ronaldo com um revólver calibre 38. Eles fugiram logo após o homicídio, mas voltaram à cena do crime e jogaram o corpo numa fossa, a dez metros do local da execução. Parte do corpo de Ronaldo foi queimada, conforme apurou a Polícia Militar que realizou a prisão dos acusados. A arma usada foi entregue para Olearce Anastácio Isidoro, o Sô Nego, apreendida depois pela PM.O corpo de Ronaldo foi localizado pela Polícia Militar após uma denúncia anônima. Ele estava na fossa com dois metros e meio de profundidade e coberto com terra. Os acusados eram vizinhos da vítima no Nova Esperança. Os policiais militares do Serviço de Inteligência apuraram ainda que Dom Ratão, Negão e Davidson haviam se mudado de Governador Valadares para Ipatinga pouco meses antes do assassinato.
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