23 de agosto, de 2007 | 00:00

Menor confessa morte de Tita no Canaãzinho

Alvo de tentativas de homicídio diz que matou após “tapa na cara”

Reprodução


Epitácio, o Tita, foi assassinado quando comia churrasco
IPATINGA - A Delegacia Adjunta de Crimes contra a Vida (DACcV) está concluindo o inquérito da morte do soldador Epitácio Silva Oliveira, o Tita, de 32 anos, morto a tiros no dia 25 de maio na praça do bairro Canaãzinho localizada na rua Magdala. Um adolescente de 17 anos confessou a autoria do crime que, segundo ele, teria sido motivado após um tapa que recebeu no rosto, mas a polícia suspeita que seja uma briga por causa de drogas. Este mesmo menor foi alvo de duas tentativas de homicídio registradas nos últimos meses.A delegada Adeliana Xavier adiantou ao DIÁRIO DO AÇO que o adolescente confessou a autoria do crime contra Tita. “Ele alegou que antes do crime teria levado um tapa no rosto. Com uma arma comprada por R$ 530 no Espírito Santo, conforme seu depoimento, o menor resolveu tirar a diferença. Ele disse isso friamente, bem calmo, mas vamos continuar investigando o caso”, comentou Adeliana.Tita foi executado no momento em que comia um churrasquinho. Ele estava na praça conversando com amigos quando chegou o assassino, que sacou um revólver e atirou várias vezes, acertando o peito, nádega e as costas de Tita. O soldador foi encaminhado pelo Samu ao Pronto-Socorro Municipal, mas não resistiu. No dia, um suspeito chegou a ser detido, mas comprovou-se que não teria ligação com o crime.A vítima tinha problemas com drogas, como confirmaram os familiares na época de sua execução. A professora Girlene Batista, de 25 anos, desabafou na ocasião: “Ele era uma pessoa trabalhadora, mas enfiou a cara no crack e tudo acabou. Tita me disse que tinha uma dívida de drogas, mas ele não me contou quem seria o traficante que o estava ameaçando de morte”, contou.O adolescente que confessou a autoria do assassinato de Tita foi alvo de duas tentativas de homicídio. A primeira ocorreu no fim da noite de 30 de junho, na rua Nova Iorque, na Vila Militar. Ele foi atacado por duas pessoas que chegaram à sua casa e abriram fogo, acertando três tiros. O resgate do Samu socorreu o adolescente e o encaminhou ao Hospital Márcio Cunha, mas um Celta não identificado teria tentado interceptar o veículo de resgate durante o trajeto, sem sucesso. Dias depois, o adolescente foi alvo de outra tentativa, mas ele conseguiu se salvar sem ser ferido. Outra ocorrência, do menor, foi a sua apreensão com um revólver dentro de um bar no bairro Canaãzinho, arma suspeita de ter sido usada na morte de Tita.
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