23 de dezembro, de 2009 | 21:00

92 presos da Penitenciária de Ipaba saem de temporária

Por sete dias, o beneficiário terá direito de passar o período com a família e terá que voltar para cumprir o resto da pena

IPABA - A Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho (PDMC) liberou nesta quarta-feira 92 apenados, que tiveram o direito de saída temporária de Natal. Por sete dias, o beneficiário terá direito de passar o período com a família e terá que voltar para cumprir o resto da pena, como prevê a Lei de Execução Penal (LEP). Em um ano, o preso em fase final de sua condenação tem direito a cinco saídas temporárias.
Porém, este período de fim de ano é marcado por tentativas de fuga em qualquer unidade prisional. Na PDMC não é diferente, e a direção já determinou que os agentes aumentassem a fiscalização. O diretor de segurança, Edmar Soares, disse que até realizou buscas em dois blocos, onde havia suspeita de drogas escondidas.
Na cela do bloco B, onde estava Jorceli Alves Cabral, nada foi encontrado. Mas em um cabo de vassoura, usado como suporte de antena de TV, os agentes localizaram duas buchas de maconha durante a busca ocorrida na noite de terça-feira. “A droga estava camuflada no cabo, muito bem escondida”, apontou o diretor.
Outro preso encontrado com drogas foi Sirlei Vagner Gomes, que estava recolhido no bloco A. Os agentes encontraram uma bucha de maconha que seria do suspeito, que sofreu dois prejuízos. Ele tinha bom comportamento e estava entre os 93 apenados que iriam sair de temporária de sete dias, mas perdeu o benefício e ainda ficou sem a droga. Jorceli, ao contrário, já era considerado um detento problemático.

Verificação
Segundo o diretor de segurança, depois de verificar toda a documentação e não haver nenhum impedimento, a Justiça da Comarca de Ipatinga autorizou a saída de 92 presos. “São cinco vezes durante o ano, para ficar sete dias em casa, mas tem que retornar até as 18h ao final dos sete dias. Se não voltar, o fato é comunicado à Justiça e o apenado se torna foragido da Justiça”, contou Edmar.
Todo condenado de bom comportamento e na fase final da pena tem o direito à saída temporária de sete dias, como está na LEP. É como uma preparação para o retorno à sociedade. Em Ipaba, o índice de não retorno é um dos mais baixos do país. Dois ou três, no máximo, é a média registrada em quase 100 presos. Há casos em que todos voltam ao final do benefício.
No último fim de semana, os agentes e a diretora de ressocialização, Cristine Oliveira, realizaram a confraternização dos filhos dos presos. As crianças ganharam brinquedos e os familiares dos condenados ganharam lanche. “Além da fiscalização intensa nestes dias, também fazemos um trabalho de ressocialização, como pede o nosso diretor-geral Adão dos Anjos”, finalizou Edmar.