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21 de dezembro, de 2009 | 22:05

Ajudante é preso por matar mulher a golpes de machado

Suspeita nega o crime e alega seu barraco foi invadido por dois homens desconhecidos

Wellington Fred


MAURINO VALTALETO LIMA DE ARAÚJO

BELO ORIENTE - O ajudante Maurino Valtaleto Lima de Araújo, 33 anos, encontra-se recolhido à cadeia de Açucena desde a noite do último sábado (19), após ser autuado em flagrante pela morte de Norma Edmar Vieira, 42. O rapaz foi acusado de matar a mulher com golpes de machado dentro da própria casa, na avenida Ayrton Sena, bairro Nova Esperança, no distrito de Perpétuo Socorro (Cachoeira Escura).
O crime foi descoberto assim que o acusado deu entrada no hospital de Perpétuo Socorro. Com um grande ferimento na testa, Maurino teria dito aos funcionários que não falassem nada para a polícia. Os enfermeiros desconfiaram e acionaram a Polícia Militar. O ajudante acabou confessando aos militares da equipe do cabo Alvarenga que houve uma confusão em seu barraco.
Maurino conduziu os militares ao local em que morava e onde, segundo ele, Norma havia caído ferida após ser também agredida. No local, a polícia constatou que a mulher já estava sem vida. Com a descoberta do corpo, Maurino foi preso em flagrante pelos policiais do destacamento de Cachoeira Escura. O machado usado no crime foi encontrado com manchas de sangue.
O acusado negou ser o autor da morte de Norma, alegando que o crime havia sido cometido por dois homens desconhecidos. “A gente chegou na casa já de noite, na sexta-feira. E usamos pedra (crack) até que chegaram os dois caras. Norma disse que eles eram gente boa e passamos a usar todos juntos. Assim, de repente, a luz apagou e eu ouvi ela gritar por socorro”, contou Maurino ao DIÁRIO DO AÇO.
O rapaz alega que foi agredido com um golpe na cabeça e tentou correr, mas foi impedido pela dupla. “Eu implorei para não ser morto. Eles disseram que iriam me deixar viver apenas se eu não contasse nada para a polícia”, alegou Maurino, sem conseguir convencer os policiais do envolvimento de outras pessoas no crime.
Ele disse ainda que foi trancado em casa e teve que sair pela janela para buscar socorro médico. Maurino contou ainda que não falou para ninguém sobre o ocorrido com medo de ser morto pela suposta dupla. O rapaz ficou no local até os trabalhos finais do perito Izaque Vasconcelos, que colocou em dúvida a narrativa contada pelo ajudante.

Contradição
Pelo levantamento feito no local do crime, o perito apontou preliminarmente que Maurino não passou pela janela da casa, e sim, pela porta. Não havia respingos de sangue junto ao local indicado pelo acusado. “Eu não fiz nada do que eles estão dizendo. Ninguém viu nada porque era de madrugada. Agora vou pagar por uma coisa que não fiz”, defendeu-se o ajudante.
Maurino afirmou que conheceu Norma há um mês e que a vítima o abastecia com drogas para seu consumo. O corpo da mulher foi removido para o Instituto Médico-Legal (IML) de Ipatinga e liberado para a família para o sepultamento em Belo Oriente, o que ocorreu no domingo. O carro dela, um Ford Escort, placas GQH-1767 (Ipatinga), foi apreendido no local.
A confusa história de Maurino não sensibilizou os policiais militares e nem mesmo os agentes da Polícia Civil na 1ª Delegacia Regional de Ipatinga. Entregue ao plantão, juntamente com o machado apreendido, o ajudante foi autuado em flagrante e depois recolhido à cadeia de Açucena, onde vai aguardar a conclusão do inquérito policial.
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