20 de dezembro, de 2016 | 22:01

Pressionado, governador mineiro reúne-se com os comandos da PM e PC

Alteração no Projeto de Lei Complementar 257, que impõe contrapartidas para a renegociação da dívida dos estados, foi tema do encontro

Manoel Marques / Imprensa MG
O governador Pimentel assegurou aos representantes da PC que não irá acatar PLP 257 da forma como foi proposto inicialmente O governador Pimentel assegurou aos representantes da PC que não irá acatar PLP 257 da forma como foi proposto inicialmente

O governador Fernando Pimentel se reuniu nesta terça-feira (20) com integrantes do Conselho Superior da Polícia Civil de Minas Gerais para tratar do Projeto de Lei Complementar (PLP) 257.

Assim como ocorreu na tarde de segunda-feira (19), o Governo estadual externou ao grupo sua posição contrária às modificações que haviam sido aprovadas no Senado, cujas contrapartidas impostas, na visão do Estado, aprofundariam a crise atual.

Na segunda-feira, representantes da maioria dos servidores públicos de Minas Gerais foram para as ruas gritar contra o projeto, que além de congelar salários por dois anos também exigia um tempo maior de contribuição para a aposentadoria. As polícias Civil e Militar ameaçaram paralisar as atividades, caso o governo de Minas Gerais aderisse ao pacote imposto pelo governo federal. Em Ipatinga e várias outras cidades mineiras, policiais da reserva (aposentados) , de folga e familiares fizeram um protesto que durou toda a tarde.

Nesta terça-feira, entretanto, o PLP 257 voltou a ser votado no plenário da Câmara, que retirou contrapartidas propostas pelo Senado. Entre elas a proibição de reajuste salarial e o aumento da contribuição previdenciária dos servidores públicos. O projeto restabelecido pela Câmara ainda depende de sanção presidencial para entrar em vigor.

O secretário de Estado de Governo, Odair Cunha, afirmou após o encontro que há uma compreensão plena do corpo dirigente da Polícia Civil de que o PLP, como aprovado anteriormente pelo Senado, não atende aos interesses do Governo de Minas Gerais “na medida em que o projeto aprofundaria um processo de crise nos Estados”.

“O projeto estabelece um plano de recuperação para os estados, plano que é uma proposta do Governo federal e que, tal qual foi aprovada no Senado, com apoio de senadores de Minas Gerais, não atende à expectativa do Governo mineiro. O corpo dirigente da Polícia Civil compreendeu isso e veio, além de manifestar apoio e solidariedade ao Governo do Estado e ao governador Fernando Pimentel, estabeleceu o compromisso da Polícia Civil com o sistema de segurança público de Minas Gerais”, ressaltou o secretário.

“As preocupações do corpo dirigente vão ao encontro das preocupações que nós já expressamos desde ontem. Ou seja, as contrapartidas colocadas no projeto pelo Senado são demasiadas, desequilibradas, desproporcionais com o que nós queremos ver, que é a recuperação fiscal do Estado”, completou Odair Cunha.

O chefe adjunto da Polícia Civil, Raimundo Nonato Gonçalves, explica que o Conselho Superior entregou um documento ao governador pedindo apoio às questões que vêm preocupando a corporação e solicitando que sejam mantidos os direitos dos policiais civis. “Estamos satisfeitos com o resultado de hoje. O governador nos recebeu muito bem, estamos satisfeitos, temos certeza que a nossa Polícia Civil ganha com esse encontro”, disse Gonçalves.

Também participaram do encontro o chefe de gabinete da Polícia Civil, Bruno Tasca Cabral; o superintendente de Informações e Inteligência Policial (SIIP), Architon Zadra; e o secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Sérgio Menezes.
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