19 de dezembro, de 2016 | 09:47

Fotógrafo lança “Fuscalendário”

Folhinha com os dias do ano traz fotos de donos de fuscas e seus carros

“Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º. do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça...”
Mário Quintana

Contar os dias pelo desenrolar das fases da Lua é um fascínio que os homens têm desde a pré-história. A necessidade de organizar essa contagem do tempo deu origem aos primeiros calendários, orientados por astros, deuses da mitologia, por liturgias e por fenômenos da natureza.

Eduardo Galetto/Divulgação
Fotógrafo lança “Fuscalendário”Fotógrafo lança “Fuscalendário”
Às vésperas de 2017, o fotógrafo Eduardo Galetto lança o Fuscalendário, nome de batismo do calendário idealizado por ele e que traz fotografias de donos de fuscas e seus veículos. O evento será nesta segunda-feira à noite, no bar Poita & Puçá, na rua Campinas, bairro Veneza, em Ipatinga.

Segundo Galetto, entre os mais importantes propósitos do trabalho está promover a cena local voltada ao antigomobilismo, carente de iniciativas culturais e artísticas que valorizem essa cultura de preservação da história narrada pelos veículos.

“O Fuscalendário é um retrato da história sócio econômica e tecnológica de vários períodos. As fotos reúnem elementos que ajudam a narrar um pouco da vida de cada dono de fusca”, adianta o fotógrafo.

Antes de produzir cada imagem, Galetto entrevistou os personagens do calendário, “pessoas bem diferentes, mas que comungam do mesmo interesse: a preservação e o afeto por seus antigos automóveis Fusca”, sublinha.

O fotógrafo comenta que o calendário, além do seu caráter utilitário – todo mundo precisa de um -, tem um sentido poético de preservação da memória além das fotografias.

“Os saudosistas entendem bem o valor dos calendários. As folhinhas sempre fizeram parte da vida do universo dos automóveis, sempre foram itens comuns da decoração das paredes de ambientes ligados aos carros, como é o caso das borracharias.

Quem é que não lembra dos calendários da Pirelli, da década de 60? Galetto acrescenta que, no caso do Fuscalendário, ele reúne dois objetos de identificação popular, a folhinha e o Fusca.

Produzindo como trabalho de conclusão de curso de Comunicação Social, o Fuscalendário teve como referências obras como “Sobre a Modernidade: o pintor da vida moderna”, de Charles Baudelaire; e “O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov”, de Walter Benjamin.

SERVIÇO:
O lançamento do Fuscalendário será nesta segunda-feira (19), às 20h, no Poita & Puçá, bairro Veneza, ao som de GiCaNoBaTom, banda formada pelos interpretes, compositores e multi-instrumentistas Felipe Casnun, Sérgio Biazim e Sofia Mangiarelli.

O trio interpretará músicas de Gilberto Gil e Caetano Veloso, dentre outros ícones da Tropicália. Durante o evento, serão sorteados exemplares do Fuscalendário. A entrada é franca.

Fuscalendário nas redes sociais:
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