08 de dezembro, de 2016 | 18:00

Congado do Ipaneminha vira patrimônio cultural

Este é o primeiro bem imaterial do município a ser registrado como Patrimônio Cultural de Ipatinga.

Com decreto municipal, grupo de dança popular poderá receber mais apoio para preservar suas tradiçõesCom decreto municipal, grupo de dança popular poderá receber mais apoio para preservar suas tradições


Presente na cultura regional há 91 anos, o Congado Nossa Senhora do Rosário, mais conhecido como Congado do Ipaneminha, foi registrado como Patrimônio Cultural do Município de Ipatinga. Assinado pela prefeita Cecília Ferramenta, o Decreto nº 8.490, que “inclui o tradicional grupo no Livro de Registro das Celebrações como bem cultural de natureza imaterial”, foi publicado no Diário Oficial, na edição do dia 29 de novembro último.

Na prática, o grupo de Congado do Ipaneminha agora está apto a receber recursos do Fundo Municipal de Patrimônio e pode participar de editais. A medida também permite que o município possa desenvolver ações específicas voltadas à preservação da tradição popular.

Este é o primeiro bem imaterial do município a ser registrado como Patrimônio Cultural de Ipatinga. Os bens culturais imateriais estão relacionados aos saberes, às habilidades, crenças e práticas, ao modo de ser das pessoas, conforme conceituação técnica.

Dessa forma, podem ser considerados bens imateriais diversas manifestações: conhecimentos enraizados no cotidiano das comunidades; manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas que marcam a vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; além de mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e se reproduzem práticas culturais.

A dança do Congado, uma expressão popular, originária da África, chegou ao Brasil durante a colonização, no Século XVII, trazida pelos escravos. Na região, o Congado Nossa Senhora do Rosário foi fundado em 1925, por José Gonçalves de Almeida. A origem se deu pela influência dos tropeiros, procedentes da cidade do Serro, que passavam também por Ferros, Joanésia, Mesquita, Santana do Paraíso e Ipaneminha.

O processo de registro foi iniciado no mês de julho, com um levantamento realizado pela Prefeitura de Ipatinga. Em outubro, o estudo foi apresentado ao Conselho Municipal de Patrimônio Cultural. Toda a tramitação foi finalizada em novembro, com a publicação do decreto pela prefeita Cecília Ferramenta.

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Festa de Nossa Senhora do Rosário movimenta Ipaneminha
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