06 de dezembro, de 2016 | 18:28

Decisão

Em meio ainda a um clima de consternação, será disputada hoje a segunda partida da decisão da Copa do Brasil. Será um jogo diferente de tudo o que vivenciamos no esporte até aqui, em razão da tragédia com a delegação da Chapecoense. Jogadores do Atlético e do Grêmio perderam a empolgação de antes, mas a vida precisa continuar, incluindo nessa ciranda a própria reconstrução da Chape.

Com a bola rolando, é provável que não tenhamos o amplo predomínio de uma equipe sobre a outra, como ocorreu no jogo de ida. O Atlético vai tentar, mas não tem a obrigação de reverter a vantagem do adversário. O mínimo que o time mineiro tem de fazer é evitar a repetição das lambanças cometidas no Mineirão, quando foi apático, sem nenhum controle, tornando-se uma presa fácil.

Renato Gaúcho não deve ter problema para escalar a sua equipe. Ele já tinha o time pronto na semana passada, antes da confirmação do adiamento da partida, e certamente vai manter três volantes, para mudar o esquema tático, se necessário, durante a partida.

É o time que não precisa fazer gols e vai administrar o resultado, praticamente como se comportou diante do Cruzeiro. Depois de vencer no Mineirão, na partida de volta se limitou a reforçar a defesa para tirar proveito do regulamento.
No Galo, Diogo Giacomin terá de montar um esquema para vencer no mínimo por uma diferença de dois gols. Para isso, terá de ser ousado e atuar no ataque, mesmo correndo os riscos de deixar exposta uma defesa instável.

Apesar das circunstâncias, é provável que tenhamos uma partida à altura de duas equipes qualificadas, com bons jogadores e capacidade de superação. E que o vencedor seja a equipe que melhor se preparou para estas duas partidas. O Grêmio, credenciado pelo desempenho do jogo de ida, deve confirmar a conquista muito bem encaminhada no Mineirão.

LEMBRANÇAS
Josué Alves de Oliveira, que atuou muitos anos como dirigente da Associação Esportiva e Recreativa Usipa, em sua trajetória defendeu o futebol profissional do clube, e atuou em equipes do Rio de Janeiro. Josué contribuiu muito para o crescimento do futebol no Vale do Aço, especialmente o de Ipatinga.
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