04 de dezembro, de 2016 | 08:21

Murilo Rubião agora ilustrado

Relançamento de livros de contos ocorreu na Livraria Quixote, em BH

A Editora Positivo fez ontem (3) na livraria Quixote, em Belo Horizonte, o lançamento de três contos do escritor mineiro Murilo Rubião, “Bárbara”, “O Edifício” e “Teleco, o Coelhinho”, agora ilustrados por Nelson Cruz, Marilda Castanha e Odilon Moraes.

Murilo Rubião completaria 100 anos em 2016, e é tido como um dos maiores representantes da literatura fantástica brasileira. A reedição dos contos, agora ilustrados, dão um peso ainda maior ao seu trabalho.

Para Cristiane Mateus, editora de literatura da Positivo, o objetivo é aproximar ainda mais as novas gerações da obra deste mineiro que foi um precursor da ficção fantástica no Brasil, além de estimular o gosto pela leitura entre o público jovem e adolescente.

Com 48 páginas, os livros podem ser adquiridos separadamente e constituem uma boa sugestão de presente para o final de ano, além de uma excelente sugestão de leitura para os adultos e estudantes do Ensino Fundamental 2 (a partir de 11 anos). A ilustração e projeto gráfico ampliam ainda mais o peso da obra, aproximando as novas gerações da escrita de Rubião.

O projeto foi do mineiro Nelson Cruz, com a participação da também mineira Marilda Castanha e o paulista Odilon Moraes. Os três tiveram a liberdade de escolher o conto conforme identificação pessoal.

Vendidos ao preço de R$ 39,80, os livros destacam-se pelo acabamento em costura e a riqueza das ilustrações em técnicas que passam pelo trabalho manual com nanquim, giz, aquarela, tinta acrílica, gesso e outros.

Rubião
Murilo Rubião formou-se em Direito e exerceu várias atividades. Começou a carreira literária escrevendo poemas, mas logo enveredou para o gênero que o consagrou: o conto fantástico. Seu primeiro livro, “O ex-mágico”, foi publicado em 1947.

Depois vieram “A estrela vermelha” (1953), “Os dragões e outros contos” (1965), “O pirotécnico Zacarias e O convidado” (1974), “A casa do girassol vermelho” (1978) e “O homem de boné cinzento e outras histórias” (1990). Teve parte da obra traduzida para outros idiomas. Após a sua morte, em 1991, teve várias antologias de contos publicadas no país.