03 de dezembro, de 2016 | 12:13

Chapecó se despede dos seus ídolos

Cerca de 100.000 pessoas acompanham velório coletivo na Arena Condá

Divulgação Inter
Nas arquibancadas da Arena Condá, bandeiras de equipes adversárias dividiram o mesmo espaçoNas arquibancadas da Arena Condá, bandeiras de equipes adversárias dividiram o mesmo espaço

Depois da comoção em Medellín, na Colômbia, nesse sábado foi a vez de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, prantear os mortos no desastre com o avião da Chapecoense, na madrugada de terça-feira, 29. No acidente, morreram 71 pessoas, entre jogadores, dirigentes e comissão técnica da Chapecoense, jornalistas e membros da tripulação. Milagrosamente, seis pessoas escaparam com vida e têm mostrado uma surpreendente recuperação.

Debaixo de muita chuva, aterrissou no aeroporto de Chapecó por volta de 9h30 o primeiro avião com os corpos das vítimas. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, que viajou à Colômbia para acompanhar os trabalhos de resgate e identificação dos corpos, foi o primeiro a descer da aeronave.

No próprio aeroporto foi realizada uma cerimônia de honras fúnebres em que o presidente Michel Temer entregou às famílias das vítimas a  Ordem do Mérito Desportivo. Após essa cerimônia, começou o cortejo pelas ruas da cidade catarinense, puxado por três caminhões decorados com a bandeira e as cores da Chape transportando os caixões.
Agência Lusa
A estimativa é que 100 mil pessoas acompanharam fora e dentro da Arena Condá, o velório dos atletas A estimativa é que 100 mil pessoas acompanharam fora e dentro da Arena Condá, o velório dos atletas


Na Arena Condá, houve o velório coletivo. Na primeira hora, a cerimônia foi reservada às famílias e amigos das vítimas. Apesar de presença estimada de mais de 100 mil pessoas, apenas 19 mil puderam entrar no estádio para não exceder a capacidade máxima do local. Na área externa da Arena Condá, foram instalados telões e banheiros químicos para as pessoas que não conseguiram ingressar na cerimônia.

No estádio, além da presença maciça dos torcedores da Chapecoense, havia muitas pessoas com camisas de outros clubes brasileiros e do exterior, traduzindo a união sempre desejada pelo índio Vitorino Condá na sua luta para evitar que grileiros ocupassem vastas glebas de terra, para depois reivindicarem títulos de propriedade.

Passado esse momento de comoção, resta saber se essa cordialidade demonstrada na hora da dor servirá para conter os ânimos de vândalos que, ultimamente, têm espalhado o terror nos estádios brasileiros.
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