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29 de novembro, de 2016 | 19:15

Decisão adiada

Divulgação
Em razão da tragédia envolvendo a delegação da Chapecoense, jornalistas brasileiros e tripulantes, a CBF, no início da manhã de ontem, adiou o jogo da volta que vai apontar o campeão da Copa do Brasil. O momento é de consternação geral, à espera do resgate e translado dos corpos das vítimas para um sepultamento digno, em várias cidades do Brasil.

Depois, a vida vai seguir e também o futebol. E as emoções dessa decisão inédita vão ficar para a quarta-feira, 7 de dezembro. Apesar desse tempo extra, com o placar construído no Mineirão o Grêmio é o favorito ao título. Renato Gaúcho armou um esquema para atuar de maneira consistente.

Já o Atlético não conseguiu explorar o seu potencial nesta temporada. A diretoria montou um bom grupo, mas foi infeliz na escolha dos comandantes. O primeiro erro foi descartar Levir Culpi. A arriscada opção por Diego Aguirre, vindo de uma passagem horrível pelo Internacional, foi o segundo grande erro dos dirigentes. Mas a maior frustração foi com Marcelo Oliveira.

Ainda surfando na onda de dois títulos nacionais com o Cruzeiro e uma Copa do Brasil com o Palmeiras, o treinador recebeu um grupo já qualificado, posteriormente reforçado, mas não conseguiu dar um mínimo de padrão de jogo ao time. Depois de figurar como favorito ao título do Campeonato Brasileiro e perder fôlego, até mesmo a meta de ficar entre os três clubes de melhor campanha teve de ser abandonada.

Na disputa da Copa do Brasil, os confrontos pelo sistema de mata-mata expuseram a falta de consistência do Atlético. Passar pelo modesto Juventude foi um teste para cardíaco. E, ao contrário da esperada vitória no jogo de ida diante do Grêmio, o Galo ficou atônito no gramado, repetindo o cenário do fatídico duelo Brasil e Alemanha.

Se foi um choque para o apaixonado torcedor atleticano, vale ressaltar que a cigana não enganou àqueles que avaliam o futebol de maneira mais isenta. Desde a fragilidade demonstrada na reta final do Campeonato Mineiro, a luz amarela estava acesa e poucos prestaram a devida atenção.

Feito esse resumo, é fácil deduzir que as chances do Atlético são mínimas. A equipe gaúcha dificilmente deixará escapar a oportunidade de se tornar a maior ganhadora de Copa do Brasil. É claro que o torcedor atleticano ainda espera uma façanha digna dos momentos mais gloriosos do clube. A essa altura, no entanto, o mais correto é continuar na expectativa pelo acerto com um técnico capaz de chegar com autoridade para impor respeito a um elenco milionário e de pífia produção em campo.

CAMPEÃO
A diretoria do Palmeiras provou que a receita baseada em um trabalho sério produz bons resultados. Com um time sem craques, mas recheado de jogadores aplicados, com um treinador centrado no seu ofício, o Verdão festeja com muita euforia o título de campeão brasileiro deste ano.

Merecido. O Palmeiras foi o time mais regular, e essa característica deu ao técnico Cuca a confiança para antecipar, ainda no início da competição, que o time sairia de uma incômoda fila de espera. O treinador conseguiu armar um conjunto capaz de jogar um futebol prático, funcional, sem os vícios das equipes onde o estrelismo se sobrepõe ao coletivo.

Gabriel de Jesus, tido como o jogador mais importante do grupo, não teve privilégio algum. E mesmo Dudu, que encerra a temporada em alta, teve de passar um bom tempo no banco de reservas para aprender a ser mais disciplinado e jogar para o time. A conquista veio na partida contra a Chapecoense, na penúltima rodada do campeonato, com um golaço do lateral direito Fabiano, que o Cruzeiro trocou pelo atarantado Lucas.

LEMBRANÇAS
Goleiro Wilson Roberto, do futebol acesitano, que começou sua carreira no Acesita Esporte Clube, passou por vários clubes, como: Palmeiras, Vila Nova e Olaria. Atualmente trabalha com Daniel Martins na escolinha de futebol.
Contato com a coluna: [email protected].
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