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28 de novembro, de 2016 | 18:24

PIB de Minas Gerais recua 0,7%

Divulgação


O PIB do Estado de Minas Gerais, em 2014, atingiu o valor de R$ 516.634 milhões e apresentou decréscimo de 0,7% em termos reais. A queda em volume do PIB foi explicada, em grande medida, pelo baixo dinamismo da atividade industrial (principalmente da indústria de transformação e da construção civil) e pelos impactos do longo período de escassez de chuvas sobre a atividade agropecuária e sobre a geração de energia hidroelétrica estadual. Apesar do resultado negativo no ano, a economia de Minas Gerais continuou a ocupar o posto de terceiro maior PIB entre as unidades da federação em 2014. Entretanto, houve perda de participação no PIB nacional, que passou de 9,2% em 2013 para 8,9% em 2014. Além da queda em volume do PIB, a redução de 14,7% do deflator implícito do valor adicionado da atividade de extrativa mineral – em razão da queda nos preços internacionais do minério de ferro no ano –, foi determinante para entender a perda de participação de Minas Gerais no PIB nacional.

Em 2014, atividade agropecuária apresentou queda de 5,7% em volume. A redução de 4,6% no índice de volume de valor adicionado pela agricultura foi muito influenciada pelo desempenho negativo da cafeicultura e, em menor proporção, pelo desempenho desfavorável das safras de milho, soja e cana-de-açúcar. De acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), em 2014 houve recuo na quantidade produzida de café (-14,8%), de milho (-6,5%), de soja (-0,9%) e de cana-de-açúcar (-0,7%). Na pecuária, a diminuição de 2,1% no índice de volume se deve à redução da oferta de reses para corte e reposição do rebanho. Já a abrupta queda de 14,8% na atividade de produção florestal e pesca é explicada, em boa medida, pela retração na produção de madeira em tora no Estado.

Indústria
A atividade industrial foi a mais afetada pela contração econômica em 2014, com recuo de 2,9% no volume. Dentre os subsetores industriais com redução no índice de volume agregado estão a construção Civil (-2,2%), a indústria de transformação (-5,0%) e a produção e distribuição de energia e saneamento (-7,7%). Apenas a indústria extrativa mineral apresentou expansão do volume de valor adicionado (1,7%). No caso da indústria de transformação a queda esteve ligada à evolução desfavorável na produção das categorias de uso de bens de capital e bens de consumo duráveis, intimamente ligados à Formação Bruta de Capital Fixo. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), por exemplo, houve recuo de 14,4% na produção de produtos metálicos, de 7,7% na fabricação de máquinas e equipamentos e de 18,5% na produção de veículos automotores. Em relação à produção e distribuição de energia e saneamento o resultado negativo se deve a menor geração de eletricidade pela matriz hidroelétrica dado o baixo nível de água dos reservatórios estaduais. Já o resultado negativo da construção civil em 2014 foi corroborado pela retração no estoque de empregos formais registrados pelo setor.

Serviços
Os serviços apresentaram, em 2014, variação positiva de 0,6% em volume e ganharam participação dentro da economia do Estado, representando 65,5% do valor adicionado bruto total. Em termos de comportamento do índice de volume agregado pelos subsetores pode-se dizer que houve ligeiro recuo em 2014 nas atividades da administração, educação e saúde pública, defesa e seguridade social (-0,3%) e nas atividades imobiliárias e de aluguéis (-0,1%). Houve também desaceleração nas atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (-2,8%) – o que pode estar atrelado à queda da atividade industrial – já que alguns desses serviços são prestados às empresas. Nos demais subsetores de serviços houve expansão do nível de atividade: comércio e manutenção e reparação de veículos automotores (2,0%); transporte, armazenagem e correios (1,3%); serviços domésticos (2,2%); artes, cultura, esporte, recreação e outros serviços (5,9%); intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados (2,9%); serviços de informação (2,1%); serviços de alojamento e alimentação (1,4%) e, por último, educação e saúde privada (0,2%).

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