24 de novembro, de 2016 | 18:14

Marcelo queria chance de decidir título

Treinador se despede do Atlético. Em vez de entrevista, distribuiu aos jornalistas cópia de um depoimento

Bruno Cantini
Marcelo não conseguiu dar organização tática  ao time atleticanoMarcelo não conseguiu dar organização tática ao time atleticano
O fim do ciclo de Marcelo Oliveira no Atlético foi marcado por um breve pronunciamento na tarde dessa quinta-feira, na Cidade do Galo. Nessa nova passagem, o técnico ficou pouco mais de seis meses no cargo. A demissão ocorreu no início da tarde, depois de uma reunião com a diretoria. A gota d’água foi a derrota por 3 a 1 para o Grêmio, na primeira partida da final da Copa do Brasil, no Mineirão.

A derrota na capital mineira deixa o Atlético longe da taça da Copa do Brasil. O péssimo resultado no Mineirão gerou muita insatisfação do torcedor, principalmente com a comissão técnica. Alguns atleticanos chegaram a xingar Marcelo Oliveira da arquibancada.

Mesmo com a pressão, Marcelo se surpreendeu com a demissão. O treinador não esperava perder o cargo em meio à decisão da Copa do Brasil. O treinador, no entanto, admitiu que o resultado péssimo diante da torcida culminou para o fim do seu ciclo no Galo. 

“Diferente das outras oportunidades em que estive aqui para entrevista, hoje fiz questão de dar apenas um depoimento, fui chamado para uma reunião hoje, me surpreendi com o final da reunião e com a saída do clube. Me surpreendi porque temos um jogo, possibilidade de ser campeão. As dificuldades são grandes, mas também tenho consciência de que o jogo de ontem foi frustrante pelo primeiro tempo muito ruim que fizemos e isso gerou uma insatisfação em todos

Foram seis meses de muito boa convivência, queria dizer que surpreende também um técnico sair na condição de estar disputando uma final e já classificado para a próxima Libertadores. Mas a expectativa era grande demais no Mineirão e não conquistamos a vitória da forma como queríamos. Voltei ao Atlético para conquistar títulos, vitórias e fazer com que o time produzisse bem. Não somos infalíveis, mas também não somos incompetentes, trabalhamos com comprometimento, entrega. Só não foi melhor porque isso é futebol, isso é jogo”, resumiu Marcelo.

Números
Marcelo comandou o Atlético em 42 partidas e teve números razoáveis - pouco para quem tem um elenco considerado um dos melhores do país. Foram 18 vitórias, 14 empates e dez derrotas. A defesa alvinegra foi vazada em 58 oportunidades, 48 delas apenas no Campeonato Brasileiro, fator crucial para que o time não lutasse até o fim pela taça.

A média de gols sofridos pela equipe assusta. Desde que o Atlético iniciou um período de títulos e disputas intensas pelos troféus (a famosa ‘era Cuca’), nenhuma defesa foi tão vazada como a de Marcelo Oliveira. A equipe do treinador levou 1,38 gols por jogo, se tornando o pior sistema dos últimos anos.

Se no setor defensivo o time de Marcelo deixava a desejar, o ataque fazia a torcida ter esperanças de dias melhores. Com muita liberdade para os homens de frente criarem e marcarem pouco, o Atlético acabou com 68 gols marcados na passagem do treinador pelo clube, média de 1,62 por partida.

A temporada de 2016 acabou consagrando os jogadores de ataque do time alvinegro. O ano termina com o trio formado por Fred, Lucas Pratto e Robinho como destaques, enquanto o torcedor sonha com reforços de peso para a defesa.
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Comentários

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Observador

25 de novembro, 2016 | 07:27

“Marcelo Oliveira, não é o culpado, tudo bem que o time está jogando sem vontade e objetivo;outra coisa, time que tem: Carlos César,Cleyton,Yuri,Fábio Santos ( não aguenta da um pique ) e Junior Urso, foi longe demais na copa do Brasil e brasileirão.”

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