22 de novembro, de 2016 | 15:00
Por matança na boate Fênix réu pega 42 anos de prisão
Segundo autor confesso de duplo homicídio e dupla tentativa será julgado em outra sessão
Wellington Fred
Jeislon Heleno de Jesus Costa é o primeiro dos dois réus julgado por duplo homicidio e dupla tentativa de homicidio na boate Fênix, em fevereiro deste ano

Levado a Júri Popular nesta segunda-feira, na Comarca de Ipatinga, Jeilson Heleno de Jesus Costa, de 21 anos, foi sentenciado a 42 anos de prisão. Jeilson respondeu perante o Conselho de Sentença por duplo homicídio e dupla tentativa de homicídio, crimes ocorridos na madrugada de 6 de fevereiro deste ano, no interior da extinta Boate Fênix, localizada no Residencial Ayrton Senna.
Na ocasião, foram atingidos por disparos de arma de fogo e morreram, Pedro Henrique Matos dos Santos, 18 anos, e Igor Leonardo de Oliveira Gonçalves, 19 anos, além de outro jovem de 19 e uma garota de 16, que nenhum envolvimento tinham com as vítimas.
Outro autor do crime, Bruno Marcos Costa, o Bruninho, de 19 anos, teve o processo desmembrado e será julgado posteriormente, conforme apurou o Portal Diário do Aço, no Fórum Valéria Vieira Alves.
O Ministério Público pediu a condenação de Jeilson pelas duas mortes e pelas duas tentativas. A defesa, por sua vez, sustentou a tese de negativa de autoria do assassinato de Pedro Henrique e a exclusão das qualificadoras de todos os crimes e ainda a desclassificação para lesões corporais nos casos de tentativas de homicídio. A defesa baseou-se em um depoimento segundo o qual Jeilson efetuou os disparos que mataram Pedro Henrique e Bruninho atirou em Igor de Oliveira.
Os argumentos, entretanto, não convenceram o Tribunal do Júri, que, em maioria, decidiu pela culpa do réu. Em plenário, o réu confessou que, na companhia de um amigo, premeditou o crime.
Na sentença, publicada nesta terça-feira (22), pelo juiz Luiz Flávio Ferreira, que presidiu a sessão do Júri, o réu Jeilson Heleno de Jesus Costa foi sentenciado a cumprir 42 anos de prisão em regime inicial fechado.
Motivação
O delegado que atuou na apuração do caso, à época do crime, Gilmaro Alves Ferreira, informou que a motivação estava relacionada a uma dívida de drogas e desentendimento entre os envolvidos.
Jeilson admitiu uma inimizade antiga e confessou que guardava mágoa de Pedro Henrique. Também devia dinheiro a Bruno Marcos Costa, o Bruninho, que também tinha inimizade com Pedro Henrique. Com isso, aceitou um acordo em que se veria livre do inimigo e da dívida de drogas.
As imagens das câmeras de segurança mostram os dois atiradores entrando armados na boate, o momento dos tiros e o tumulto que se formou logo depois. As imagens foram determinantes na identificação dos autores e na apuração do caso.
Fechamento
O duplo homicídio, que resultou também em dois jovens frequentadores da boate feridos a tiros, levou ao fechamento do estabelecimento, marcado por inúmeras ocorrências de crimes contra a vida e de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
Conforme noticiado pelo Portal Diário do Aço, desde o começo de sua existência, moradores do residencial e dos bairros vizinhos pediam, na Justiça, o fechamento da boate, o que só foi possível depois de uma ação do Ministério Público, ao firmar com os proprietários um Termo de Ajustamento de Conduta.
Wellington Fred
Jesilson e Brunho, quando foram presos por duplo homicidio na boate fênix

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Juliana Oliveira
23 de novembro, 2016 | 11:45Excelente trabalho da polícia e da justiça nesse caso!”
Raimundo Nonato
23 de novembro, 2016 | 07:38Agora apodrece ai na cadeia seu LIXO!!! Não sabe viver em sociedade nesse caso vai viver em uma jaula”