19 de novembro, de 2016 | 11:31

Foco na decisão

Divulgação
Depois de dar adeus à disputa pelo título da mais importante competição nacional, claro que o foco do Atlético está agora totalmente voltado para a final da Copa do Brasil, onde enfrentará o Grêmio, no Mineirão, a partir da próxima quarta-feira.

Se passar liso sem ganhar nada nesta temporada, diretoria, comissão técnica e jogadores do Galo serão reprovados, e muito questionados pela crítica e torcida, que não esperava de forma alguma por um fracasso de semelhante porte.

Com poucas chances de terminar o Brasileiro no G-3 e garantir vaga na fase de grupos da Libertadores, ganhar a Copa do Brasil, que também dá esse direito ao campeão, passou a ser também uma necessidade, até pelo valor significativo da premiação.

Aliás, a escolha de jogar essa decisão no Mineirão atendeu exclusivamente o lado financeiro, pois no que é chamado por sua torcida de “salão de festas”, a renda poderá chegar a R$ 5 milhões, ou seja, cinco vezes mais que no Independência, que considera sua casa.

Neste primeiro jogo da decisão, só pelo fato de jogar com a esmagadora maioria da torcida a seu favor, o Atlético leva um pequeno favoritismo, que se reverte para o Grêmio, na segunda e decisiva partida a ser disputada no Sul do país.
No empate contra o Palmeiras, sobretudo no primeiro tempo, o Atlético conseguiu imprimir um ritmo ofensivo animador, mas pecou nas conclusões e novamente na marcação ao contra-ataque adversário, que será a principal arma do Grêmio.

Quando se faz críticas ao técnico Marcelo Oliveira pela falta de equilíbrio tático da equipe, extremamente vulnerável defensivamente, deve-se estendê-las à diretoria, que contratou até em excesso meias e atacantes, mas se esqueceu de reforçar a defesa.

Outro questionamento precisa ser feito em relação ao trabalho do Departamento Médico e de Fisiologia do alvinegro, pois não é normal este número exagerado de contusões musculares dos seus jogadores, o que de fato atrapalha o trabalho do treinador e compromete o desempenho da equipe.

O futebol brasileiro tem suas peculiaridades, e algumas delas, se forem contadas a um estrangeiro de algum país do primeiro mundo, ele não vai conseguir entender. Uma delas é este STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que cotidianamente toma decisões absurdas que não servem para nada e logo em seguida são anuladas por recursos aproveitando brechas na legislação.

Exemplo disso foi o episódio envolvendo o técnico Renato Gaúcho, sua filha Carol Portaluppi e o Grêmio. O clube chegou a ser punido com a perda do mando de campo, logo numa final da Copa do Brasil contra o Atlético, mas um dia depois obteve “efeito suspensivo” e ficou o dito pelo não dito.

E a causa disso tudo? Porque a bela Carol cometeu o “hediondo” crime de ir até a área técnica no gramado, alguns segundos antes do assoprador de apito determinar o fim do jogo, para abraçar carinhosamente o pai, na comemoração da classificação do time do qual ele é treinador.

Cabe aí uma observação: por que esse STJD não mostra o mesmo rigor com relação à sistemática violência que vemos no futebol brasileiro, há bastante tempo, inclusive dentro das quatro linhas. Violência, péssimo comportamento, cafajestagem. Pelo contrário, mostra até conivência, pois pelo que sei até agora não se mexeu para punir Gabriel Jesus e Leandro Donizete, que trocaram agressões físicas e verbais durante e após o jogo entre Atlético e Palmeiras.

Tudo bem que a legislação proíbe qualquer pessoa, que não esteja diretamente envolvida no jogo de futebol, de entrar no gramado, mesmo fora das quatro linhas, o que obviamente sujeita o infrator a uma punição, uma multa, algo assim para o clube mandante, que é o responsável pela segurança do local. Mas daí a uma pena como esta proposta pelo STJD é algo completamente desproporcional, exagerada, uma bola fora sem tamanho.

Sobre a Seleção Brasileira que conquistou outra vitória maiúscula, deste vez sobre o Peru (2 x 0), em Lima, terminando o ano em primeiro lugar nas eliminatórias sul-americanas, fico com o que escreveu Tostão em sua coluna na “Folha”: “Não podemos perder o senso crítico e achar que tudo que o excelente Tite fala, mesmo os lugares comuns, e tudo o que ele faz, mesmo as coisas rotineiras, são geniais.(Tostão) (Fecha o Pano!)
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