17 de novembro, de 2016 | 14:43
Governo cria programa habitacional para militares
Acordo entre Governo, Caixa Econômica e Forças Armadas estabelece financiamento habitacional para militares
Marcelo Camargo/ Agência Brasil
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante assinatura de acordo de cooperação para criar programa habitacional exclusivo para militares das Forças Armadas
A partir de acordo de cooperação técnica assinado nesta quinta-feira (17) pelos Ministérios da Defesa e das Cidades com a Caixa Econômica Federal, integrantes das Forças Armadas terão acesso à política específica de financiamento habitacional. Inicialmente, 75 mil militares devem ser atendidos pelo programa.O ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante assinatura de acordo de cooperação para criar programa habitacional exclusivo para militares das Forças Armadas
O acordo deve passar, nas próximas semanas, pela avaliação de técnicos, que vão definir os detalhes de como o programa deve funcionar.
O ministro das Cidades, Bruno Araújo, afirmou que, se necessário, podem ocorrer mudanças no Programa Minha Casa, Minha Vida para atender a demanda dos militares. Ele não soube dizer se haverá alocação diferenciada de recursos e nem quantas unidades habitacionais seriam disponibilizadas.
Estamos trabalhando com os mesmos recursos do Minha Casa, Minha Vida. É bom lembrar que a família do militar, hoje, tem direito a acessar o programa como existe, e já existem programas que, do ponto de vista do acesso de renda, são compatíveis para o atendimento. Mas estamos falando de algo diferente, estamos falando sobre a possibilidade de atendimento em conjuntos de convivências, que sejam construídos de forma exclusiva para a família militar ou outras características que venham a ser desenvolvidas".
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que os beneficiados serão os militares com menor renda, soldados, cabos e sargentos, que hoje correspondem a 60% do total de membros das Forças Armadas. Para justificar a necessidade da política habitacional direcionada aos militares, Jungmann destacou a rotina peculiar das famílias de militares e ressaltou que eles precisam de atenção diferenciada do Estado. Eles são brasileiros que trabalham muito duro, em condições muito especiais, deslocados a qualquer hora, sem hora extra, muitas vezes correndo risco. De certa forma, é um retorno que é dado pelo país", disse Jungmann.
A expectativa do ministro da Defesa é que o programa entre em vigor em 2017. A duração do acordo é de cinco anos, podendo ser renovado por mais cinco, dependendo da demanda.
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