16 de novembro, de 2016 | 08:00

Maior avião do mundo deixa o Brasil levando transformador gigante

Gigante ucraniano virou atração no feriado prolongado neste começo de semana, em São Paulo

Divulgação GRU Airport
Fabricado na Ucrânia, na época da URSS, para transportar ônibus espacial, aeronave é usada agora para embarque de grandes cargas Fabricado na Ucrânia, na época da URSS, para transportar ônibus espacial, aeronave é usada agora para embarque de grandes cargas

A maior aeronave já construída para voos intercontinentais no mundo, o ucraniano Antonov An-225 Mriya, deixou o Brasil na noite desta terça-feira (15), segundo informações da concessionária GRU Airport, que administra o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

O avião decolou rumo a Santiago, capital do Chile, levando um transformador elétrico de 155 toneladas. Inicialmente, a decolagem estava prevista para as 8h de terça-feira, mas a operação de carregamento do transformador foi mais complexa do que o esperado.

A chegada da aeronave no Brasil, inicialmente no aeroporto de Viracopos, em Campinas, atraiu aproximadamente duas mil pessoas no aeroporto. Os curiosos se posicionaram próximo à cabeceira 15 em busca da melhor imagem da aeronave, que tocou o solo campineiro exatamente às 11h02 de segunda-feira (14), debaixo de chuva fina. Uma hora depois da chegada do Antonov, muita gente ainda visitava o aeroporto para registrar a presença do avião mesmo de longe.
Divulgação GRU Airport
Centenas de pessoas passaram pelos aeorportos de Guarulhos e Campinas,  para ver o gigante Centenas de pessoas passaram pelos aeorportos de Guarulhos e Campinas, para ver o gigante


O Antonov mede 84 metros de comprimento, com 88 metros de envergadura (distância entre as pontas das asas). Seu peso é de 175 toneladas sem qualquer carga, inclusive combustível. O avião, construído na época da Guerra Fria, em 1988, é único no mundo. Tem 32 rodas e capacidade para 250 toneladas em seu compartimento de carga. Para colocar o gigante no ar tripulação tem que dar conta de controlar seis turbinas, três em cada asa.

A aeronave veio de Houston, nos Estados Unidos. Ela recebeu um módulo, batizado de "berço", com um gerador de 150 toneladas fabricado no Brasil. O gerador transportado pelo Antonov tem capacidade suficiente para abastecer 65 mil casas. Essa foi a segunda vez que o Antonov veio ao Brasil. A primeira foi no início de 2010.

Projetado e desenvolvido na antiga União Soviética (URSS), o Antonov tinha originalmente o objetivo de ser um meio de transporte do Buran, o ônibus espacial soviético. No entanto, com o fim da URSS, a aeronave passou a ser usada com fins civis para o transporte de cargas extraordinariamente grandes e que não podem ser transportadas por estradas.

Divulgação GRU Airport
Divulgação GRU Airport

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Comentários

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Pedro

17 de janeiro, 2017 | 10:41

“O maior medo que tenho do Antonov é ele cair na minha cidade. Se isto acontecer, em Hiroshima e Nagazaki não terá acontecido nada...
Ademais, se a turma do Bin Laden estivesse de Antonov, os Estados Unidos não existiriam mais...
1ª conclusão: o Antonov é um perigo para o mundo!
O ministro do meio ambiente do Níger na África fala de uma sufocante e renitente poeira de areia suspensa sobre a capital Niamey, soprada do deserto vizinho ao aeroporto internacional daquela cidade. Segundo o ministro o estrago foi deixado por um Antonov que um dia há 10 anos atrás de lá decolou...
2ª conclusão: o Antonov é solução e problema.
Ainda bem que o Antodez ficou só nas pranchetas de Kiev e de Moscou...:)”

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