12 de novembro, de 2016 | 16:11
Manifestante leva tiro em protesto contra eleição de Trump
Os protestos viraram a noite de sexta-feira e continuam no sábado, em várias cidades dos Estados Unidos

Uma pessoa que participava de manifestação contra a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, em Portland, no Estado de Oregon, foi baleada por um homem que saiu de um veículo e entrou em confronto com ele, relatou a polícia de Portland neste sábado.
Os protestos viraram a noite de sexta-feira e continuam no sábado, em várias cidades dos Estados Unidos. A polícia informou que a vítima foi levada para um hospital com ferimentos "não fatais" e afirmou que está à procura do suspeito, que aparentemente fugiu em seu veículo após o tiroteio. O confronto ocorreu enquanto os manifestantes atravessavam a ponte do rio Willamette.
O tiroteio seguiu protestos turbulentos na noite de sexta-feira, quando a polícia usou gases lacrimogêneos em resposta a "projéteis ardentes" lançados contra oficiais, a polícia disse no Twitter. Fonte: Associated Press.
Repercute
Houve protestos também em Los Angeles, onde manifestantes interromperam a circulação de veículos com cartazes contra as políticas de Trump para imigrantes, muçulmanos e mulheres. Eles entoaram o grito de "Nós rejeitamos o presidente eleito".
Em Miami, cerca de 3 mil de pessoas participaram de uma manifestação contra o futuro presidente, após uma convocação pelas redes sociais com o rótulo #NotMyPresident. Em Nova York, a manifestação foi novamente diante da Trump Tower, onde mora Trump.
Após dizer que os manifestantes haviam sido "incitados" pela imprensa, Trump mudou o discurso na sexta-feira e saudou os protestos. "Eu adoro o fato de que um pequeno grupo de manifestantes na noite passada demonstrou ter amor por nosso grande país. Nós vamos todos nos unir e ter orgulho", escreveu no Twitter.
Por que os protestos?
Duas jovens mulheres, entrevistadas, resumiram os motivos do protesto: "Não posso defender uma pessoa que legitimou o sexismo, o racismo e a xenofobia".
"Se você tem um amigo muçulmano, um amigo gay, um amigo negro, precisa estar aqui. Estou furiosa com meus amigos brancos que votaram nele", declarou Elizabeth Byrd, uma terapeuta de 30 anos que trabalha em uma escola pública do Colorado.
"Estamos mostrando como serão os próximos quatro anos. Serão quatro anos de resistência", disse Kaila Philo, uma estudante de 21 anos, ao jornal "Baltimore Sun".
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