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07 de novembro, de 2016 | 17:48

Erro fatal

Divulgação


A 34ª Rodada do Campeonato Brasileiro ficará marcada como aquela cujos resultados tiraram as chances do Atlético de buscar o título, que persegue há incômodos 45 anos.

A derrota para o time misto do Coritiba expôs, mais uma vez, a fragilidade do jogo coletivo alvinegro, mostrou que não adianta possuir ótimos valores individuais, se não existe equilíbrio, esquema tático que funcione, uma equação só resolvida quando o trabalho da comissão técnica aparece e dá bons frutos.

Como explicar, por exemplo, o clube investir fortunas na contratação de Fred e Robinho, que se tornaram, por obra e graça deles próprios, os dois principais artilheiros da competição, mas na hora “H”, quando o time mais precisa deles,
o treinador os deixa no banco de reservas?

Não se justifica, no caso de Fred, o argumento de preservá-lo para a final da Copa do Brasil. Afinal de contas, o artilheiro não pode jogar a competição, por já ter participado dela pelo Fluminense e, além disso, havia jogado a última partida dez dias atrás contra o Flamengo, no Mineirão.

A consequência imediata de tantos equívocos foi a derrota de 2 a 0 para o modesto time misto do “Coxa”, que luta apenas para não ser rebaixado, e dando apenas um chute em direção ao gol em toda a partida, numa das piores exibições da equipe nas últimas temporadas.

No Mineirão, o time do Cruzeiro teve um começo ruim, tomou um gol fruto de outra desatenção da sua defesa, mas depois se firmou e venceu com goleada (4 x 2) o Fluminense, que ainda passou pelo constrangimento de demitir o treinador Levir Culpi no vestiário, numa falta de respeito ao seu trabalho e passado como profissional.

O Cruzeiro atingiu 44 pontos ganhos e vai agora, sem pressão alguma, para fazer os quatro jogos que lhe restam, precisando apenas de um ou dois pontos a fim de escapar da ameaça de rebaixamento.

Agora, com o treinador Mano Menezes confirmado em 2017, a torcida e a crítica esperam que a atual diretoria trate de melhorar a qualidade dos jogadores, que está muito abaixo, muito mesmo, do que se imaginava quando este campeonato começou e das tradições celestes.

O foco muda esta semana para a seleção brasileira, que enfrentará a Argentina, no Mineirão, nesta quinta-feira. Volta à lembrança o último jogo em Belo Horizonte, aquele fatídico 7 x 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo/2014. De lá para cá pouca coisa mudou na estrutura do nosso futebol, que continua sendo comandado pelos mesmos cartolas, hoje acuados pelas denúncias de corrupção, mas protegidos pelo manto da impunidade.

O time, este sim, mudou da água para o vinho com a chegada do técnico Tite, que finalmente teve reconhecido o seu trabalho por parte da CBF. Em quatro jogos, Tite levou a equipe canarinho do sexto ao primeiro lugar nessas Eliminatórias Sul-Americanas, numa arrancada impressionante, que transformou o ambiente entre os jogadores e fez com que o povo se sinta novamente com vontade de torcer pela seleção brasileira.

Só não consegui saber, ainda, o motivo pelo qual não haverá jogos do Campeonato Brasileiro neste fim de semana, pois a seleção só volta a jogar na quarta-feira, dia 16, contra o Peru, em Lima, depois da meia-noite.

A torcida do Guarani foi a Varginha e aprontou enorme confusão, depredou o estádio, se envolveu em brigas, agressões etc e coisa e tal, mas nada que pudesse ofuscar o brilho da conquista do Boa Esporte, que goleou o Bugre de Campinas por 3 a 0 e conquistou com todos os méritos este título de campeão Brasileiro da Série C, já garantido novamente na Série B do ano que vem. Brilhou a estrela do ipatinguense Ney da Matta, que tem tudo agora para alavancar de vez a sua carreira, no competitivo e vantajoso mercado nacional dos treinadores de futebol.

Nada adiantou o protesto do Santos, que jogou e venceu a Ponte Preta, em Campinas, sob o calor de domingo às 11hs, depois que a CBF adiou a partida à última hora, alegando recomendação da PM paulista, pois havia risco de confronto dos torcedores da Macaca com os do rival Guarani.

Por outro lado, a diretoria do Galo nem sequer protestou ou ligou para o fato de a Rede Globo, em um de seus programas jornalísticos, antecipar o resultado do sorteio do mando de campo, na final da Copa do Brasil. O torcedor alvinegro, aquele que realmente sofre, achou no mínimo estranho que isso aconteça, até porque conhece muito bem um ditado popular aqui dos nossos grotões: “Cachorro mordido de cobra tem medo até de linguiça”. (Fecha o pano!).
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