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06 de novembro, de 2016 | 18:44

Ex-estudante de medicina em Ipatinga preso acusado de integrar quadrilha de fraude no Enem

Atuação de grupo criminoso que fazia transmissão eletrônica de resultados de concursos e do Enem era monitorado pela PF havia15 dias

Divulgação / PF
PF explica como era o esquema de transmissão eletrônico de sinais com resultados de provas do Enem PF explica como era o esquema de transmissão eletrônico de sinais com resultados de provas do Enem


A Polícia Federal cumpriu neste sábado, 28 mandados judiciais em Montes Claros (MG). Quatro pessoas foram presas temporariamente, outras quatro levadas coercitivamente para delegacia local da PF. Outras pessoas foram presas em outros estados.

Policiais cumpriram, também, mandados de busca, apreensão e sequestro de bens com indícios de envolvimento das pessoas nas fraudes. A “Operação Embuste”, desmantelou uma quadrilha especializada em fraudar concursos públicos.

Segundo a PF, os envolvidos já teriam fraudado outros dois concursos realizados neste ano: vestibulares realizados na cidade de Mineiros, em Goiás, e Vitória da Conquista, na Bahia.

Os policiais afirmam que os criminosos também atuariam durante a realização do Enem. Eles utilizariam meios eletrônicos para transmitir gabaritos para os candidatos.

Jogo limpo

A Superintendência da Polícia Federal, no Maranhão, deflagrou uma outra operação, batizada de “Jogo Limpo”. Foram realizados 22 mandados de busca e apreensão em sete estados – Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Tocantins, Amapá e Pará – com o objetivo de desmantelar uma outra quadrilha que também comercializava gabaritos do Enem.
Reprodução
Rodrigo Ferreira Viana é ex-estudante de medicina, de IpatingaRodrigo Ferreira Viana é ex-estudante de medicina, de Ipatinga


Acusado tinha passagem por Ipatinga

Conforme divulgado por uma rede de televisão, na noite de domingo, entre os presos em Montes Claros está o ex-estudante de medicina da Faculdade de Medicina do Vale do Aço, em Ipatinga, Rodrigo Ferreira Viana.

APF divulgou que a quadrilha cobrava entre R$150 e 180 mil, a depender da universidade na qual o candidato pretendia ingressar. O grupo transmitia as respostas para candidatos em três cidades em Minas, incluindo Montes Claros, uma na Bahia e outra no Ceará.

A PF tem como provas contra Rodrigo Viana um vídeo em que ele aparece recebendo dinheiro de um comparsa. Ainda segundo as apurações, o ex-estudante de medicina contratava alunos e professores que faziam as provas e depois repassavam as respostas por meio eletrônico.

Um celular minúsculo, do tamanho de um cartão de crédito com chip e pontos eletrônicos instalados no corpo dos “clientes”, era a tecnologia de ponta usada pela quadrilha.

Esquema de sinais

Na hora das provas as tosses eram o código que o candidato usava para informar se entendeu ou não a resposta. Se o estudante tossia uma vez, significava que ele compreendeu; duas tosses indicavam que o candidato não havia entendido o gabarito da prova.

No sábado, a PF flagrou os bandidos transmitindo respostas aos candidatos em tempo real. A primeira palavra correspondia à pergunta e a segunda à resposta certa. Os envolvidos com a quadrilha forma presos antes das 14h, logo no início das provas do Enem. Para a Polícia Federal, a segurança nos locais de provas falhou já que o equipamento não foi detectado.

Ceará
Um candidato que fazia as provas do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Fortaleza (CE) foi preso em flagrante pelo uso de escutas. A prisão foi feita por policiais federais em uma universidade do centro da capital cearense.

Segundo a Polícia Federal, o candidato tinha equipamentos eletrônicos presos ao corpo com pontos de escuta nos ouvidos. Em depoimento dado na sede da superintendência do órgão em Fortaleza, o candidato se identificou como secretário da saúde de um município do Ceará. Ele poderá responder na Justiça Federal pelos crimes contra a fé pública, o patrimônio e a paz pública.

Celular no pacote de biscoitos

Em Capitão Poço (PA), uma estudante foi flagrada com celular escondido em um pacote de biscoito, durante a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no sábado (5).

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) confirmou que a participante foi eliminada do exame e foi registrado boletim de ocorrência.

O Inep diz ainda que cabe a polícia proceder com as investigações e não confirma se a estudante fazia parte de algum esquema de tentativa de fraude.

Objetivos

Neste fim de semana, mais de 8 milhões de candidatos fizeram o Enem em todo o país. As notas da prova podem ser usadas para pleitear vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), bolsas no ensino superior privado pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além disso, os candidatos com mais de 18 anos podem usar o Enem para receber a certificação do ensino médio.

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