18 de outubro, de 2016 | 17:12
Fora da luta
Divulgação
A cada rodada o Atlético vai se distanciando da disputa do título de campeão brasileiro desta temporada. Há motivos para reclamações sobre as atuações desastradas da arbitragem, mas é necessário dizer que o Atlético vem perdendo partidas por falta de bom senso de Marcelo Oliveira. Em várias oportunidades, deixou de manter em campo um time forte e decisivo. E mesmo sendo ex-jogador, parece que perdeu a capacidade de fazer mudanças que possam dar um resultado positivo.
Temendo uma derrota diante do Botafogo, escalou três jogadores no meio-campo, dois de marcação forte, Rafael Carioca e Junior Urso, e Otero, que tem o papel de distribuir as jogadas para o ataque. Urso não apareceu na partida. O treinador, com receio de tirá-lo, mexe onde não deveria, ao sacar Fred para a entrada de Cazares.
O treinador repetiu a fórmula que adotou contra o Cruzeiro. Com dois jogadores de qualidade como Fred e Robinho, ele simplesmente os tirou do clássico. O adversário cresceu de produção, pois não tinha mais ninguém para marcar, aumentou a pressão e empatou a partida. Marcelo vem fazendo as mesmas modificações ao longo do campeonato e, ao tirar o seu jogador mais perigoso, traz o adversário para o ataque.
Com o elenco que o time tem, ele não precisa inventar. É só escalar de maneira correta, deixando Leandro Donizete e Rafael Carioca, Cazares, Robinho, Lucas Pratto e Fred, não precisa mexer muito, pode deixar o time com três atacantes, mas insiste em dizer que Pratto não pode jogar com o Fred. Claro que pode e precisa. Vencer todos os jogos será o maior desafio do Galo no restante da competição. Marcelo está com receio de colocar o time no ataque, prefere somar um ponto em vez de tentar os três. Isso explica o hábito de substituir tão mal.
Com a derrota para o Botafogo e o aumento da diferença de pontos em relação ao Palmeiras, não acredito que o Atlético possa superar o time paulista e conquistar o título. Vai ter que se contentar com a participação na Taça Libertadores da América.
AINDA CORRE RISCO
O Cruzeiro pressionou, teve mais posse de bola, se deu ao luxo de desperdiçar um pênalti e empatou sem gols diante da Chapecoense, em pleno Mineirão. O time celeste, com a surpreendente vitória do São Paulo diante do Fluminense, no Rio de Janeiro, perdeu uma posição. Está agora no 13º lugar, e precisa vencer seus jogos para se livrar da zona de degola.
Mano Menezes colocou em campo o melhor que tinha no momento. O time foi ousado, sempre buscando o gol, com qualidade no meio e ataque, mas não conseguia concluir. Ábila, mais uma vez, perdeu grande oportunidade para marcar e deixar o time menos pressionado nas próximas rodadas.
COPA DO BRASIL
Atlético e Cruzeiro retornam hoje a campo em compromissos pela Copa do Brasil, em busca da classificação para a semifinal. O Cruzeiro recebe o Corinthians no Mineirão, precisando de uma vitória simples para passar à próxima fase, haja vista que foi derrotado em São Paulo por 2 a 1.
O Atlético venceu o Juventude no Mineirão, e precisa apenas de um empate, mas sabe que terá muitas dificuldades para se dar bem no Alfredo Jaconi, um alçapão que funciona como grande trunfo para o time gaúcho.
Marcelo Oliveira não terá Fred, já utilizado pelo Fluminense na competição. Lucas Pratto vai compor o ataque com Robinho e Cleyton, na expetativa de sacramentar a vaga para avançar no torneio.
JULIO OLGUIM
Júlio Olguin mais uma vez nos surpreende pela sua competência e persistência. No fim de semana, foi graduado, com direito a diploma registrado na CBK. Ele foi aprovado na avaliação prática e teórica e obteve a faixa preta 6º DAN do estilo Kenyu Ryu. Júlio comemora e reforça que o resultado é fruto de uma dedicação de 45 anos. Como recompensa, é hoje professor, árbitro e examinador de faixas.
O atleta dedicou a sua vitória aos seus pais, Matias e Zélia Olguin, que foram grandes expressões na arte e cultura do Vale do Aço.
LEMBRANÇAS
Bruno Tabata, ainda muito jovem, deixou saudades por onde passou. Atuou nas escolinhas da Usipa, Ipatinga, Aciaria, e a sua última passagem foi nas categorias de base do Atlético, onde na categoria sub-17 foi eleito o melhor jogador do Brasil. Tabata hoje defende as cores do Portimonense, em Portugal, e tem se adaptado muito bem no novo clube.
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