26 de setembro, de 2016 | 17:08

Homem espanca mulher até a morte

Na cidade de Uberlândia, homem mata a parceira na frente da filha do casal

Reprodução
Crime de violência doméstica, aconteceu na cidade de Urbelândia, no Triângulo MineiroCrime de violência doméstica, aconteceu na cidade de Urbelândia, no Triângulo Mineiro
Ao ser preso, homem de 32 anos, suspeito de espancar a companheira até a morte, fala que "só deu uns tapas". O crime aconteceu na frente da filha do casal, uma menina de 1 ano e meio, na cidade de Uberlândia, Triângulo Mineiro. O suspeito foi preso no domingo (25).

De acordo com o boletim de ocorrência, vizinhos entraram em contato, e contaram que tinha acontecido uma briga no sobrado em que Patrícia da Silva, de 29, morava com o marido. Uma viatura deslocou até o local e encontrou o suspeito do lado de fora. Dentro do imóvel estava a vítima deitada nua na cama com vários ferimentos no rosto e o corpo já estava frio. Ao ser indagado, o criminoso afirmou que discutiu com a companheira, mas não informou o motivo.

Sobre as agressões, ele falou que foram "só uns tapas". Segundo o perito, Patrícia apresentava vários traumas na face. O suspeito foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia de plantão. Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o criminoso negou que tenha matado a mulher. Ele disse que horas antes do crime deu dois tapas na vítima durante uma discussão em um bar. Depois disso, o homem afirmou que foi dormir e a mulher continuou no estabelecimento.

Em depoimento, testemunhas disseram ao delegado que outras pessoas que entraram na casa antes do homem ser preso presenciaram ele abusando sexualmente da companheira. De acordo com com o médico legista, Patrícia tinha lacerações anais compatíveis com a violência sexual. Caso fique comprovado por laudos o abuso, além de feminicídio qualificado, uma vez que a filha do casal presenciou o assassinato, ele responderá por estupro.

Ainda segundo a polícia, o suspeito já havia sido preso três vezes por envolvimento com o tráfico de drogas, duas por dano ao patrimônio público e uma por estupro de vulnerável. Ele ainda é investigado por outro estupro contra um menor de 14 anos. A relação dele com as vítimas não foi divulgada.

Conforme o registro policial, uma amiga da vítima contou que o casal brigava muito e, constantemente, a jovem levava "surra". Ainda segundo a mulher disse aos policiais, Patrícia sempre estava com algum hematoma pelo corpo.
A Polícia Civil informou que não há contra o suspeito nenhuma denúncia de violência doméstica. A vítima não havia solicitado medida protetiva contra o marido.

Durante a ocorrência, o Conselho Tutelar foi acionado por causa da criança. Uma tia da garotinha foi localizada e ficou responsável pela sobrinha temporariamente.

(Com informações: O Tempo)
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