03 de setembro, de 2016 | 07:55

Educação Especial: Conviver para entender

Priscilla Maria Bonini Ribeiro

Viver em um país em crise moral, financeira e política é um desafio diário. Em nossa caminhada muitos obstáculos podem surgir e transpô-los é sinal de amadurecimento, mas acima de tudo, de muito profissionalismo e sabedoria. Nem todos os obstáculos são vencidos por nós. No entanto, o nosso acreditar é que faz a diferença no nosso caminhar. A cada ponto de partida, novos desafios e, para cada novo desafio, nova esperança.

Se torna ainda mais complexo quando nosso país, de grandes dimensões territoriais, também possui grandes dimensões de desigualdade; e por falar em desigualdade, se fizermos uma reflexão mais profunda, nos deparamos com um tema de extrema importância que é a educação especial. É preciso cercar todos estes alunos com uma estrutura adequada para atendê-los. Oferecendo educação de qualidade que possibilitará a eles adentrar no mercado de trabalho e alcançar cargos altos, concorrendo em condições de igualdade com todos os demais.

Antigamente, as crianças deficientes eram escondidas em seus lares ou colocadas em locais onde convivam com crianças de problemas iguais ou semelhantes aos seus. Hoje, isso mudou. A sociedade vem amadurecendo e entendendo que é necessário e de suma importância respeitar e conviver com as diferenças. É uma evolução em todos os sentidos, destacando-se o lado emocional, priorizando-se a autoestima.

Neste sentido, nós educadores, não medimos esforços para que essas crianças recebam o apoio necessário para o seu desenvolvimento. Para tanto, utilizamos inúmeros recursos como as salas de recursos multifuncionais e materiais adequados às necessidades especiais, mas a chave de tudo isso se chama Professor.

Com atitudes profissionais que tenham seus alicerces no sentimento mais sublime que é o amor, as deficiências são minimizadas e o desenvolvimento das crianças surpreende a todos: profissionais de educação, pais e alunos, companheiros de sala de aula. É um trabalho que, como dizemos entre os educadores, “de formiguinha”, precisa ser realizado passo a passo, diariamente, com a ajuda dos pais, pois sem o apoio e a compreensão da família o desenvolvimento das crianças pode demorar mais a acontecer.

Sinto-me muito feliz em poder trabalhar o profissionalismo e o amadurecimento de todos os profissionais de educação que diariamente cumprem a árdua missão de transformar através da educação. É na crise que o país encontra as verdadeiras oportunidades de desenvolvimento, acredito verdadeiramente que o país comece a entender a importância da educação como um todo.

Priscilla Maria Bonini Ribeiro é secretária municipal de Educação de Guarujá e Conselheira Estadual da Educação do Estado de São Paulo.
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