29 de agosto, de 2016 | 16:43

Depois de morte de criança, Anvisa suspende venda de achocolatado

Em Cuiabá, uma criança de dois anos ingeriu a bebida e morreu uma hora depois. Anvisa determinou o recolhimento do lote para inspeção

Divulgação
Resolução publicada nesta segunda-feira determina o recolhimento Resolução publicada nesta segunda-feira determina o recolhimento
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira (29) uma resolução que determina o recolhimento de um lote do achocolatado Itambezinho e proíbe a venda do produto por 90 dias, em todo território nacional.

A ação decorreu após a morte de uma criança de dois anos na quinta-feira (25), em Cuiabá. De acordo com a polícia, a mãe relatou que o filho morreu uma hora depois de ingerir a bebida.

A Itambé informou em nota, que essa é a primeira reclamação que recebe sobre o lote e que está auxiliando na apuração do fato.

Os produtos que pertencem ao lote MA: 21:18 devem ser recolhidos dos estabelecimentos comerciais pelas vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, segundo a Anvisa. Após o recolhimento, a bebida deve passar por análise laboratorial.

A resolução de nº 2.333, assinada na sexta-feira (26), especifica que o produto interditado cautelarmente foi fabricado no dia 25 de maio e tem validade até 21 de novembro de 2016. De acordo com a Anvisa, o lote deve ser recolhido e armazenado até que um laudo aponte o motivo da morte da criança. Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, o exame que deve indicar a causa da morte sai em 30 dias.

Segundo a agência, a Itambé deve apresentar um mapa de distribuição do produto para facilitar o recolhimento do lote. Caso não seja comprovada a contaminação do lote no prazo estipulado pela Anvisa, o produto pode ser distribuído novamente.

Investigação

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte da criança, a partir de denúncia registrada pela mãe na Delegacia de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP). A investigação, porém está a cargo da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica).

O delegado Eduardo Botelho, da Deddica, informou que os pais do menino foram ouvidos nesta segunda-feira (29) e, em depoimento, confirmaram a versão declarada no boletim de ocorrência registrado na semana passada. Conforme o delegado, os pais disseram que a família ganhou o achocolatado de um vizinho e que a embalagem estava fechada. A mãe ainda declarou que ela e um tio da criança chegaram a ingerir a bebida e também passaram mal. O menino foi encaminhado a Policlínica do Coxipó, em Cuiabá, com parada cardiorrespiratória e morreu na unidade.

Outro lado

Por meio de nota, a Itambé informou que foi notificada na sexta-feira (26) sobre o suposto consumo de um produto da linha de achocolatados Itambezinho, de 200 ml. "O referido produto está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema correlato. Até o presente momento, não tivemos nenhuma outra reclamação do mesmo lote", diz a empresa.

A Itambé disse ainda que faz regularmente provas internas e em laboratórios externos de seus produtos e que, inclusive, já disponibilizou as contraprovas para os órgãos oficiais e que se colocou à disposição para os esclarecimentos necessários.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário