26 de agosto, de 2016 | 17:37
Atividade escolar causa polêmica
Texto que continha duplo sentido causou espanto a pais e alunos
Reprodução
Trabalho escolar
FABRICIANO – Pais de alunos do 4º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Professor Francisco Letro criticaram uma atividade desenvolvida em sala de aula sobre regionalismo linguístico, esta semana. A polêmica foi gerada devido a um texto passado aos alunos, grafado com o modo mineiro de falar, contendo uma frase que permite dupla interpretação.
Trabalho escolarUma mãe, que não quis se identificar, informa que a filha chegou da escola já com o caderno em mãos. “Ela ficou espantada de a professora ter dado aquele texto. No mundo que vivemos hoje não existem mais crianças inocentes. Contudo, ela ficou se perguntando como a professora deu aquilo em sala de aula”, resumiu.
Na opinião da mulher, o “texto foi desnecessário, mesmo a escola alegando que foi para trabalhar o nosso linguajar. Creio que deve ter outros materiais sem esses com duplos sentidos”, pontuou. De acordo com a dona de casa, ela e outros pais ficaram indignados e divulgaram o conteúdo nas redes sociais, onde receberam apoio de outras pessoas. “Vários comentários no Facebook, por exemplo, reprovaram isto”, acrescenta.
Em nota, a equipe diretiva da escola destaca que, no Currículo Básico Comum do Ensino Fundamental (CBC), está previsto o estudo do regionalismo na língua portuguesa. “A atividade ‘Causo Mineiro’ [...] foi pensada pelas professoras que atendiam o conteúdo em questão”, informa.
A escola também salientou que “a atividade proposta ocorreu tranquilamente em sala de aula, pois, os alunos e professores não levaram em consideração a maldade por duplo sentido criada por outras pessoas”.
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Fabio Vidal Bastos
27 de agosto, 2016 | 11:55“Por um mínimo de decência, o (a) idealizador (a) desse lamentável episódio deve se retirar dessa profissão. É imperdoável e inaceitável uma escola produzir tamanho atentado contra a educação. É uma lástima.”
Maria
27 de agosto, 2016 | 10:07“Sou mãe e ex professora(desistir depois de 23 anos),infelizmente 60% dos pais nas escolas públicas não colaboram em nada com a educação dos filhos,muito menos com o aprendizado,mas adoram prejudicar aquele que muitas vezes passa mais tempo com filho dele do que ele próprio.A mente poluída e vontade de prejudicar é que faz uma simples atividade virar polêmica.”
Gildázio Garcia Vitor
26 de agosto, 2016 | 20:55“Cus minerin fala anssin memo ,ninguém pô negá. No meu lugá, nas roça d'Orizona, per Divi Caragola e Sanjão Maoaçu,terrinha do meu cumpade Oniço, pai do Theo e marido da cumade Thalita, nois dora fala ingulindo ais letras. Afinar,nois é tudin Guimarães Rosa, inté parecemu uns tar de intelectuar, gente das sabenças, das curtura e, as veiz, das friscura. Mais ovo cum pinto dento nois num cuzinha não,cruizcredo treis veiz, ô mió, 666 veiz. E pensá qui tem gente pricupado cuma tar de iscola sem partido. Adonde nois vom pará gente? Qui us spritu de Drummond, de Manoel de Barros, de João Cabral, de Vinícius, de Manuel Bandeira, de Leminski, de Ana C. Cezar, de Darcy Ribeiro, de Cecília, de Pessoa e seus heterônimos, de Machado, de Camões (esse é vei), de João Ubaldo, de Jorge Amado, de Oscar Niemeyer e todos os outros gênios nos dê uma judinha.”