25 de agosto, de 2016 | 14:55
O que aprender com a crise?
Roberto Guedes
As crises nos ensinam algo, e um dos maiores aprendizados é que sempre há um estoque a mais de força, persistência e determinação, e porque não de inovação e criatividade. Diversas pesquisas e fontes de leitura indicam que daqui para frente será cada vez mais complexo apresentar bons resultados. As empresas e as pessoas já estão se acostumando em ganhar menos e a gastar melhor.O cenário é propício para se reinventar, fazer aquela varredura e esvaziar aqueles espaços com coisas obsoletas e que não servem mais e dar oportunidade para as melhorias e coisas novas, é o primeiro passo. Há espaço suficiente para melhorias, muitas podem nos levar a pensar por que não foram feitas antes.
É momento de ter e criar espaço para pessoas engajadas, orgulhosas de trabalhar onde trabalham, que tenham valores e propósitos alinhados com a empresa. É hora de ressaltar os valores corporativos desejados, como a comunicação transparente e a integração entre os setores e departamentos. Ter espaço para reuniões informais, treinamentos, festas e eventos corporativos é uma ótima forma de trabalhar a boa relação das pessoas da equipe.
Tempos difíceis são ótimos para reflexões e podem ser revolucionários, não só para as pessoas, falo das que tiverem maturidade para lidar com a situação, mas também para as empresas, as que aprenderem a repensar e a reinventar seus processos.
Muitos empresários já entenderam o recado e já estão realizando mudanças, há pesquisas que retratam que 60% das empresas consultadas pretendem realizar mudanças significativas até o fim de 2016 para atravessar a atual turbulência política e econômica.
Chegou a hora de realizar mudanças temporárias, permanentes e até mesmo de reavaliar seu modelo de negócio e a forma como se gerenciam as pessoas. O foco deve estar na competitividade a longo prazo, não apenas na redução momentânea de custos.
A palavra da vez agora é simplificar, ou seja, fazer com que algo fique mais simples, tornar as coisas menos complicadas e mais compreensíveis. A base do simplificar é organização e a visão de mercado, ou seja, economizar tempo e dinheiro na gestão do negócio.
Pessoas raramente se esforçam para além do necessário se não se sentirem envolvidas emocionalmente, para isso a transparência em relação às dificuldades que a empresa passam é fundamental. Colaboradores respondem mais positivamente quando estimulados com metas claras e a confiança e a colaboração dos líderes andam juntas. Reconheça o talento e o que cada um tem a contribuir com o negócio, não abra mão de promover pequenas comemorações para valorizar as contribuições que as pessoas fazem.
A ideia é estimular a reflexão criativa e ter mais gente pensando nos desafios e sugerindo soluções para as empresas. Simplificar processos, valorizar as relações humanas e cultivar os valores nobres como a honestidade e a transparência, são escolhas que sempre farão sentido, independentemente do contexto político, econômico ou social.
Roberto Guedes, consultor empresarial, psicólogo, palestrante e empresário, fundador da Inov9 Soluções Criativas: Consultoria Empresarial. Especializado em Formação de Líderes e Trabalho em Equipe com estágio internacional.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]