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20 de agosto, de 2016 | 08:43

Sem tropeçar

Com o fim dos Jogos Olímpicos, o Campeonato Brasileiro volta ao protagonismo absoluto, com a disputa neste fim de semana da 21ª rodada, ou seja, mais da metade da competição já foi realizada, com a dupla Galo e Raposa sem o direito de tropeçar.

O Galo, que patinou na última rodada ao ser goleado pelo Santos de 3 x 0 na Vila Belmiro, ainda no G-4, tem hoje um jogo importante na matinê das 11h, no Independência, contra um adversário que nos últimos anos tem sido uma pedra no seu sapato, este Atlético-PR.

Se já sofreria com os desfalques de Fred e Rafael Carioca, suspensos, o alvinegro ainda perdeu durante a semana o zagueiro Erazo e o volante Júnior Urso, ambos contundidos, este último o substituto natural de Carioca, dando nova oportunidade a Lucas Cândido.

Muito equilibrado e do ponto de vista técnico nivelado por baixo, este Brasileirão impõe como quase uma obrigação vencer em casa, daí porque o Galo não pode vacilar contra este seu xará paranaense, que está na sétima colocação e tem uma boa equipe.

Em situação inversa, o Cruzeiro começa à noite contra o Figueirense, na bela Florianópolis, mais uma jornada tentando escapar da zona da degola.

O adversário é um concorrente direto, daí o drama celeste se tornar ainda maior, cada vez mais pressionado para sair logo desta situação de ocupante do Z-4, onde se encontra há dez rodadas.
Sem poder contar com o goleiro e capitão Fábio, seu maior ídolo e líder dentro de campo, que sofreu uma lesão séria no joelho e só voltará em 2017, a equipe terá que jogar muito além do que vem apresentando e torcer por uma combinação de resultados, para poder finalmente respirar aliviada fora da zona de rebaixamento ainda nesta rodada.

• Não à toa e frequentemente se ouve dizer aqui nos nossos grotões, que certas coisas só acontecem com o América. Ao abrir a 21ª rodada, sexta-feira à noite, no Independência, o Coelho perdeu do modo mais esquisito para a Chapecoense(2 x 1), com um gol do argentino e ex-Cruzeiro, Martinuccio, recordista mundial em contusões, que entrou no 2º tempo e no seu primeiro lance empatou a partida, à exemplo do que fizera domingo passado contra o Internacional. Mas o pior ainda estava por vir, pois nos instantes finais levou o gol da virada, marcado contra e de forma bizarra pelo zagueiro Alison. Eita América! Vai com Deus pra Série B em 2017.

• Uma eventual derrota ontem na decisão do ouro olímpico para os alemães, não apaga os méritos e a qualidade de alguns jogadores dessa nova geração, demonstrados nesse curto período da competição. Do meio pra frente a maioria pode sim ser bem aproveitada pelo técnico Tite na seleção principal. Uma vitória seria importante para acelerar o processo de amadurecimento dos Gabriéis, Luan, e até do craque Neymar, que tem misturado alhos com bugalhos na condução da sua vida particular, que nada tem a ver com a de um atleta voltado para o alto rendimento.

• A conquista do ouro olímpico pela nossa seleção significaria o fim de uma busca que vem desde 1984, quando perdemos a primeira final, repetida em 1988 e 2012. A seleção brasileira ainda conquistou o bronze em 1996/2008 tornando-se assim o maior recordista de pódios olímpicos no futebol masculino. Mas, como no Brasil o segundo e terceiro lugares não tem valor nenhum, o que vai valer mesmo é se tivermos conquistado o ouro.

• Há uma enorme expectativa pela divulgação da primeira lista do técnico Tite visando os jogos das eliminatórias. Os nomes já foram enviados à Fifa, mas para preservar a seleção olímpica, só serão divulgados amanhã na sede da CBF. No Galo, Rafael Carioca segue como nome forte para ser chamado; até Robinho aparece nas especulações, incluído juntamente com Ganso, em uma lista pirata divulgada na Espanha.

• O Galo já perdeu Lucas Pratto para a seleção da Argentina, além de Rômulo Otero, chamado pela Venezuela. E ainda pode ficar sem o lateral Douglas Santos, que se destacou na seleção olímpica. O Equador ainda levaria Cazares e Erazo, mas por estarem contundidos, não serão convocados desta vez. Se esse monte de convocações der algum retorno financeiro ao clube, viabilizando a venda de algum deles para equilibrar suas finanças, aí sim valeu a pena. Caso contrário, “segurou a cabrita para outro mamar”. (Fecha o pano!)

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