19 de agosto, de 2016 | 17:05

NADA DE REVANCHE

Após vencer Honduras em ritmo de treino, a seleção brasileira encara na tarde de hoje a Alemanha, na decisão da medalha de ouro da Olimpíada do Rio. Seria conveniente desarmar um clima de revanche. Cada jogo, cada competição, representa uma história diferente. Os alemães não têm a obrigação de vencer para reafirmar o bom futebol da seleção principal. Assim, o Brasil não deve alimentar o sentimento de vingança. Da mesma forma, o vexame histórico dos 7 a 1 no Mineirão não vai ser apagado se os brasileiros chegarem ao inédito título olímpico.

O Brasil melhorou nos últimos dois jogos, se organizou com a entrada de Wallace, que deu outra dinâmica à equipe, pela habilidade do jogador nos desarmes das jogadas, e a qualidade de seus passes. Wallace passou a dar condições para que Luan seja mais ofensivo, e permitir que o ataque tenha mais mobilidade.

É provável que a seleção brasileira tenha de atuar com muita paciência, pois a disciplina tática é um dos pilares da seleção olímpica alemã, a exemplo do comportamento da seleção principal. Um esquema fundamentado no 4-1-4-1, que privilegia a força no meio, mas de posse da bola, o ataque se transforma com a presença de cinco jogadores pelo setor.

O desarme do Brasil tem que funcionar, para que o contra-ataque seja a maior arma da nossa seleção. Neymar, como sempre, deve funcionar como o nosso maior articulador das ações ofensivas. Os alemães vão exercer uma marcação muito forte sobre o craque do Barcelona, mas certamente não serão desleais como os zagueiros das seleções da Colômbia e de Honduras.

Vamos enfrentar uma equipe quase perfeita taticamente, mas nada que não possa ser desmontado, não precisamos acreditar que o futebol brasileiro mudou, continua o mesmo, mas esta geração da seleção olímpica precisa provar que ainda podemos ter um pouco de esperança com estes novos valores. Que venha a vitória, por qualquer placar, pois a medalha olímpica será mais importante do que qualquer esquema, qualquer jogador, jogue ele no Brasil ou na Europa.

ATLÉTICO
Amanhã pela manhã, o Atlético recebe o seu xará do Paraná, tentando a recuperação após a derrota para o Santos, na Vila Belmiro, onde o time não se encontrou e foi presa fácil, principalmente pelo desarranjo na parte defensiva. Com um time instável, Marcelo Oliveira ainda não sabe quem escalar no lugar do Fred, que levou o terceiro cartão amarelo.

Pode utilizar Cleyton, ou deixar Otero no meio-campo e manter Maicosuel, Robinho e Lucas Prato no ataque. O time precisa vencer para se manter no G4 e próximo dos líderes da competição. No returno não se pode vacilar para continuar em busca do sonho de conquistar o título. Marcelo tem dificuldades para acertar a defesa. Desde a saída de Jémerson, está difícil encontrar o jogador ideal para jogar ao lado de Léo Silva, que tem falhado muito, principalmente quando é pressionado, e isto é um motivo de preocupação para o treinador.

CRUZEIRO
Com o time ainda na zona do rebaixamento após o empate em casa contra o Coritiba, a comissão técnica se vira com as poucas opções no grupo. Para complicar o quadro, Fábio não atuará mais nesta temporada. Essa contusão vai apressar o desafio de se definir um substituto para o goleiro.

Mano Menezes parece disposto a apostar em Lucas França, haja vista que Rafael, o reserva imediato, depois de passar por uma cirurgia nas mãos, precisa de um tempo para recuperar a forma. Neste domingo, o time celeste disputará outro jogo de “seis pontos” contra o Figueirense, em Florianópolis. Se vencer, o Cruzeiro dará um importante passo para sair da zona do rebaixamento e caminhar para um restante de temporada sem maiores sobressaltos.

LEMBRANÇAS
Branco; Eduardo; Valdo; Chiel; Emil; Adair; Rogerinho; Grilho; Coelhinho e William, alguns dos jogadores campeões da categoria juniores pela equipe da Aciaria. Contato com a coluna: [email protected].
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