16 de agosto, de 2016 | 17:41

DIFICULDADES

Quando o atleta brasileiro vibra com uma medalha de prata ou de bronze no peito, muitos torcedores ficam decepcionados, porque gostariam que nossos representantes brasileiros conquistassem o ouro. É que a maioria ignora as dificuldades para se fazer esporte no Brasil, especialmente os esportes olímpicos.

Ao contrário do futebol, que tem pago salários astronômicos e que estão afundando os clubes brasileiros, nos esportes considerados amadores o panorama é sombrio. Há muitas dificuldades até para a realização de treinamentos. O maior exemplo desse descaso é o medalhista Arthur Zanetti, que, durante muitos anos, teve de treinar em uma garagem, sem nenhum apoio.

E só foi reconhecido quando conquistou a medalha de ouro na olimpíada de Londres, quando chamou a atenção do mundo e também do país onde mora, pela falta de apoio dos órgãos governamentais. Hoje Zanetti tem condições para realizar bem os seus treinamentos, por ter uma estrutura adequada. E o retorno para o país vem em conquistas expressivas, como a medalha de prata nas argolas.

Quando a judoca Rafaela Silva conquistou a sua medalha de ouro, muitas verdades foram apresentadas ao público brasileiro. A menina briguenta e que poderia ter uma trajetória de vida infeliz como milhares de jovens seguem por falta de perspectivas, teve a sorte de ser descoberta por um projeto social de também medalhista do judô Flávio Canto. E quantas Rafaelas poderiam mudar de vida se houvesse um projeto governamental para popularizar a prática das várias modalidades esportivas?

A parceria entre o governo e as forças armadas tem possibilitado também que atletas se tornem oficiais e tenham tranquilidade para conciliar trabalho e esporte.

É preciso investimento pesado, que inclua a busca de treinadores em centros especialistas em formar campeões. E mesmo que desses centros não saiam atletas de projeção olímpica, o maior legado que esse tipo de ação pode gerar é a formação de bons cidadãos, evitando que as crianças e adolescentes fiquem expostas aos perigos que todos conhecemos.

RECUPERAÇÃO
América, Atlético e Cruzeiro terão tarefas difíceis na próxima rodada. O América recebe na sexta-feira a Chapecoense, em jogo dramático, com a obrigação de vencer. O time mineiro não pode pensar em empatar e, como ostenta a lanterna, terá de fazer uma campanha digna de um campeão para escapar da degola.

O Cruzeiro, além de desperdiçar a chance para trocar de lugar na tabela com o Coritiba e sair da zona do rebaixamento, ainda perdeu Fábio para o restante da temporada. O time celeste vai a Florianópolis encarar o Figueirense, em outro jogo de seis pontos diante de uma equipe que também oscila muito na competição.

Já o Atlético, que entrou de salto alto, acreditando em jogo fácil, foi batido pelo Santos na Vila Belmiro. Além das falhas da defesa, o time não exerceu uma boa marcação e facilitou as coisas para o adversário.
Contra o Palmeiras, Marcelo Oliveira entrou em campo com três volantes, e deveria ter adotado o mesmo sistema em Santos.

Para enfrentar o xará paranaense, Marcelo Oliveira não terá Fred e Rafael Carioca. O treinador deverá escalar Júnio Urso no lugar de Rafael, e provavelmente Clayton no lugar do Fred, liberando Lucas Pratto, Robinho e Maicosuel para atacar. Mas é preciso que o time se encontre e tenha mais vontade para vencer seus adversários, se quiser chegar a disputar o título de campeão da temporada.

LEMBRANÇAS
Argentino Moreira da Silva “Sr. Gentil”, Antônio Parobé, Sr. Geraldo Boné, Itamar de Vasconcelos, Raimundo Bento Barbosa, Teotônio F. da Silva, Levy de Castilho, Wanderley, Raimundo Martins, Josué Alves, Balbino, Ismael, Dedeu, dirigentes e jogadores que marcaram a história do futebol amador em Ipatinga. Contato com a coluna: [email protected].
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