15 de agosto, de 2016 | 19:20

Crime bárbaro em Manhumirim: jovem mata menina de cinco anos a facadas

O alvo do criminoso era a mãe da criança que, segundo o assassino confesso, fazia macumba contra ele

A revolta popular tomou conta de um grupo de pessoas nesta segunda-feira, na cidade de Manhumirim, na Zona da Mata mineira. Inconformados com uma barbaridade registrada na madrugada desta segunda-feira, populares protestaram à tarde, na porta do presídio e do Fórum. Antes, já tinham tentado linchar Miguel Mariano de Souza Gomes, de 19 anos, o Miguelinho Pernambucano.

O crime bárbaro, que deixou perplexa a cidade mineira, ocorreu no bairro Nossa Senhora das Graças, onde Miguelinho matou uma menina de cinco anos de idade a facadas. Ele alegou que a mãe da criança fazia macumba para que ele não tivesse sucesso em nenhum relacionamento amoroso.

A versão foi passada pelo autor à Polícia Militar, mas o homem permaneceu calado no depoimento à Polícia Civil, que vai investigar o caso. Ele foi preso em flagrante por homicídio.

Tentaram linchar o autor confesso

Como a população ficou indignada com o caso, a ocorrência acabou se desdobrando em uma tentativa de linchamento contra Miguel Mariano de Souza Gomes, e também motivou um protesto na tarde desta segunda-feira na porta da cadeia pública de Manhumirim. Populares agrediram o autor ainda na madrugada, quando ele tentava fugir pela rodoviária da cidade.

O sargento PM Roberto Sathler, da 29ª Companhia do 11º Batalhão da Polícia Militar, informou que Miguel é natural do Ceará e, de passagem por Manhumirim, acabou ficando na cidade, onde vendia mantas, redes e outros objetos. Ele fez amizade com Rosiele Gonçalves de Oliveira, mãe da criança, e acabou morando um tempo com ela, até que tivesse condição de morar sozinho.

“Ele sempre tinha uma convivência com ela e ontem os dois tiveram uma discussão. Tiveram um atrito bem sério, porque, segundo ele, ela estaria fazendo macumba contra ele, que não estava conseguindo ter relacionamentos amorosos", disse o militar.

Com o entendimento que era alvo de "trabalhos", Miguel brigou com Rosiele, na noite de domingo, e saiu insatisfeito com o resultado da discussão. Por isso, voltou à meia-noite e meia à casa da mulher, não encontrou Rosiele, que tinha ido a um forró, mas viu Luana dormindo sozinha na residência e acabou cometendo o crime.

Ela foi encontrada despida, com sete perfurações e com uma faca cravada na altura do ombro. Um tio da mãe da criança ouviu gritos e foi até à casa, onde se deparou com a cena brutal e acionou a Polícia Militar.

Enquanto os militares atendiam a ocorrência, eles receberam uma informação de uma confusão em um táxi perto da rodoviária de Manhumirim. Miguel tentava fugir e foi cercado por populares, que já desconfiavam dele depois de descobrirem o crime. Um policial que estava de folga ouviu a confusão e fez a prisão do autor. Inicialmente, ele negou tudo, mas as mãos e uma jaqueta sujas de sangue indicaram o crime. Miguel, então, confessou aos PMs que matou a criança, mas não disse nada à Polícia Civil.

Como apenas dois militares estavam de serviço na madrugada, eles tiveram que solicitar reforço ao 11º Batalhão, em Manhuaçu, que fica a 35 quilômetros, já que cerca de 100 pessoas foram para a porta do quartel da PM em Manhumirim e prometiam linchar o autor. Os militares acabaram levando Miguel para a cidade vizinha, onde fica o plantão regional da Polícia Civil. A mãe de Luana foi encontrada em um forró e ficou em estado de choque ao saber do crime.

Protestos

Também na tarde desta segunda-feira, cerca de 50 pessoas foram para a frente do Fórum de Manhumirim, onde também está localizada a cadeia pública. Os populares gritaram por justiça e mais uma vez avisaram que queriam linchar o autor confesso do crime. Veja abaixo, vídeo em que o autor confessa a autoria do crime e explica por que matou a criança: