09 de agosto, de 2016 | 18:18

Jornada Científica Amigos da Ciência da Criativa

Estudantes apresentam 29 trabalhos científicos e de pesquisa bibliográfica

Wôlmer Ezequiel
Vista parcial do estandesVista parcial do estandes
A Escola Educação Criativa promoveu a "Jornada Científica Amigos da Ciência", na manhã do sábado (6). A Jornada envolveu as turmas do Ensino Fundamental e Ensino Médio, juntamente com 35 professores, além de um projeto desenvolvido em parceria com o engenheiro Vinícius Garcia.

Os 29 projetos de iniciação científica e de pesquisa bibliográfica apresentados foram elaborados desde o início do ano. Mas a jornada não chegou ao fim com a apresentação, pois os alunos ainda precisam elaborar um relatório detalhado dos projetos para avaliação da banca examinadora.

A diretora da instituição, Simone Costa, explica que o objetivo principal da jornada é "preparar a criança e adolescente para o pensamento que faça o percurso do método científico. Os estudantes são estimulados a formar hipóteses, definir os objetivos do trabalho, desenvolver todo um processo, de modo a alcançar resultados que possam melhorar a prática de todos os ambientes".

O coordenador geral da Jornada, professor Sérgio Costa, enfatiza que o projeto prepara o estudante para o ensino superior e para a vida profissional. "A Jornada Amigos da Ciência foi iniciada no ano 2000, quando começamos as atividades do Ensino Médio. Portanto, é preciso fazer um trabalho prático que extrapole a sala de aula e ensine o aluno a trabalhar com método. Essas atividades refletem em melhorias dentro da sala e incrementam o resultado do vestibular".
Wôlmer Ezequiel
Alunos dos ensinos fundamental e médio da Escola Educação Criativa apresentaram 29 trabalhos no sábado (6)Alunos dos ensinos fundamental e médio da Escola Educação Criativa apresentaram 29 trabalhos no sábado (6)


Exatamente por serem desenvolvidos em etapas, os projetos científicos propõem uma ampla jornada. E a coordenadora pedagógica da instituição, Brunalice de Oliveira, destaca que o evento de apresentação é apenas uma delas. "Chamamos de Jornada, porque estimulamos no aluno o desenvolvimento da habilidade de trabalhar por etapas. O ano inteiro o estudante está envolvido em fases do trabalho, e hoje é a culminância de uma etapa muito importante".

Na quarta e última etapa, os trabalhos vencedores da jornada serão enviados para a Febrace, promovida pela Universidade de São Paulo (USP). O coordenador Sérgio Costa destaca que a Escola teve projetos aprovados na feira desde a primeira edição do evento, em 2003.

Durante o sábado também foram promovidos mais de dez espaços educativos, voltados para a integração entre pais e estudantes, principalmente, do Ensino Fundamental. A Criativa proporcionou à comunidade escolar oficinas como pintura em tecido, modelagem de argila, atividades de Educação Física, contação de histórias e experimentos nos Laboratórios de Química e de Ciências. "Em cada ambiente o aluno tem a lucidez estimulada, como no aspecto da criatividade e sensibilidade", destaca Simone Costa.


INTEGRAÇÃO COM A COMUNIDADE

Projetos desenvolvidos pelas turmas do 9º ano do Ensino Fundamental causaram impacto direto em parcelas da sociedade de Ipatinga. Junto com a comunidade da Vila da Paz, vizinha da Escola, foi desenvolvido o projeto "Iniciativa para melhoria do Meio Ambiente na Vila da Paz".

Um dos alunos participantes, Israel Pereira, explica que o objetivo do projeto foi conscientizar as pessoas da comunidade sobre a importância do Ribeirão Ipanema. "Nós buscamos levar um pouco de esperança à comunidade da Vila da Paz. Uma das nossas boas ações foi a panfletagem para conscientização ambiental, pois o ribeirão, naquela área, está muito poluído. Creio que levamos esperança para aquela comunidade tão carente".

Para Israel, a parceria entre o grupo foi fundamental para o bom desenvolvimento do trabalho. Ele também pontua que a receptividade da comunidade foi muito boa. "O grupo trabalhou bem, todos unidos, fizemos bastante coisa. O pessoal da Vila da Paz também correspondeu bem. Eles ficaram felizes e prometeram tentar melhorar em relação à poluição do Ribeirão Ipanema", afirmou o estudante. Israel ainda destaca que a ação foi focada em uma comunidade, mas que pode ter reflexos em toda a cidade, uma vez que o manancial passa por boa parte de Ipatinga.

Outro projeto foi desenvolvido também pelo 9º ano. O projeto "Cuidados com Idosos nas Instituições de Longa Permanência" fez uma pesquisa junto às casas de repouso da cidade e o Conselho Municipal do Idoso.

Ícaro Andrade, um dos alunos envolvidos, explica que o objetivo do projeto é saber como os idosos de Ipatinga são assistidos nestes ambientes. "A maior causa do grande número de idosos nas instituições de longa permanência é o descaso dos familiares, a maior parte de agressão contra os idosos acontece dentro de casa. Portanto, nós pretendemos ter uma conscientização não só dos alunos participantes, mas também da sociedade em geral quanto aos idosos, a importância deles para a sociedade".

Wôlmer Ezequiel
Pais e estudantes da Criativa também puderam desfrutar de mais de dez oficinasPais e estudantes da Criativa também puderam desfrutar de mais de dez oficinas
Diego Carlos, estudante do 2º ano do Ensino Médio, participou do projeto "Arte em Ipatinga". Ele destaca que o trabalho investigou como é fazer e viver da arte no município. De acordo com resultado do trabalho, Diego afirma que "falta uma política cultural em Ipatinga e falta as leis de incentivo à cultura produzirem resultados reais, porque hoje elas não funcionam com eficácia".

A professora de Arte da Escola Educação Criativa e coordenadora do projeto, Sinthia Oliveira, ressalta que foi um grande desafio elaborar o projeto. "Inicialmente queríamos mapear os artistas de Ipatinga, porém, esse processo seria muito longo. Fomos transitando até chegar ao lugar em que estamos, que é de falar dos artistas que vivem e fazem arte em 2016 aqui na cidade".

Sinthia também destaca que a escola objetiva realizar um trabalho além do componente curricular básico. "A Criativa visa que o aluno venha a ter um despertar em todas as áreas e um despertar crítico. Eu acho que a pesquisa vem para isso, para que o aluno não saia da escola só aprendendo o conteúdo deste componente, mas que ele consiga ver a vida além dos muros das escolas de um modo totalmente diferente".
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