25 de setembro, de 2021 | 11:37

Minas Gerais tem o maior índice de queimadas registrado em um único mês em nove anos

O anúncio que o fim de semana será chuvoso em várias regiões mineiras representa um alento para o fim das queimadas. A vegetação e os animais silvestres têm sofrido com as queimadas, em grande parte criminosas, que se alastram por todos os lados. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que foram registrados 5.211 focos de queimadas de 1º de setembro até quinta-feira (23), mesmo faltando sete dias para fechar o mês, esse é considerado o maior índice registrado em setembro em nove anos. No mapa de monitoramento do instituto, o Estado está em segundo lugar no país em número de queimadas, atrás apenas da Bahia, que tem 5.573.

O período de escassez hídrica, com a estiagem, deixa a vegetação ainda mais vulnerável à propagação do fogo. Além da seco, a falta de consciência das pessoas é apontada pelo Corpo de Bombeiros Militar como determinante para as diversas queimadas registradas no estado.

Além da perda da vegetação com impacto negativo na absorção de água quando vem a chuva e morte de animais, as queimadas também causam prejuízos diretos às pessoas. As crianças e adultos com problemas respiratórios vivem momentos de mais sofrimento, com tosse seca, ardor nos olhos, nariz e garganta, falta de ar e respiração ofegante.

Fiscalização

No dia 13 de setembro, o governo de Minas iniciou uma força-tarefa para reprimir os incêndios florestais no Estado. De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), desde o dia 1°, a Polícia Militar de Meio Ambiente prendeu oito pessoas suspeitas de provocar incêndios em vegetações. Dessas detenções, três foram realizadas durante a força-tarefa.

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) é responsável por combater os incêndios florestais nas 94 unidades de conservação gerenciadas pelo governo. De janeiro a setembro deste ano, foram 693 queimadas em áreas protegidas – só neste mês, foram 218 queimadas.