25 de agosto, de 2021 | 10:00

Ministro volta a falar sobre desobrigação de uso da máscara e médico de Ipatinga alerta sobre risco

Jefferson Rudy/Agência Senado
Embora Queiroga tente fazer com que uso da máscara seja facultativo, médico alerta que item é mais acessível e eficaz neste momentoEmbora Queiroga tente fazer com que uso da máscara seja facultativo, médico alerta que item é mais acessível e eficaz neste momento

A pandemia da covid-19 não acabou, assim como as polêmicas em torno do assunto. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou segunda-feira (23), durante agenda em São Paulo, que vai se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para mostrar a ele um esboço dos estudos sobre o fim do uso obrigatório de máscaras, alteração que ainda não tem uma data definida. No início de junho, Bolsonaro declarou ter conversado com o ministro para que fosse preparado um parecer desobrigando pessoas vacinadas ou que já tinham sido contaminadas pela doença a usarem máscaras. Em Ipatinga, o médico infectologista Márcio Castro alerta para o risco de se abandonar a proteção neste momento.

Na segunda-feira, Bolsonaro voltou ao tema e disse que, pela quantidade de vacinados, pelo número de pessoas que já contraíram o vírus, “obviamente já está imunizado, como é o meu caso, nós tornamos facultativo, orientarmos que o uso da máscara não precisa ser mais obrigatório", afirmou. Márcio de Castro pondera que houve uma queda do número de casos, mas a circulação do vírus ainda ocorre.

“Percebemos que o registro de mortes caiu bastante, isso em razão da imunização da população de maior vulnerabilidade. Entretanto, a vacinação ainda é baixa, sabemos que um grande percentual não está plenamente imunizado. Há uma discussão sobre a terceira dose da vacina, mas o Brasil não tem uma busca ativa para alcançar aqueles que não tomaram a segunda dose”, avalia.

Delta

O médico explica que, com o crescimento de casos da variante delta no país, inclusive em crianças e jovens, o abandono do uso da máscara não é aconselhável. Ele acrescenta que o Brasil faz poucos testes para tipagem de vírus, mas é sabido que a cepa já tem casos em Minas Gerais e apresenta alto risco de contaminação, mais alta que outras. “Quem já teve pode ser reinfectado e, sem máscara, teremos um campo certo para crescimento da variante. A proteção tem grande eficácia, mesmo a de pano, que é melhor que não usar nada, reduzindo o risco de transmissão”, frisa.

A máscara é uma grande ferramenta, segundo o infectologista, e a sociedade deve entender que a pandemia não acabou. Para ele, enquanto não houver menos de 20 novos casos por 100 mil habitantes, queda de mortes e a vacinação não alcançar percentual acima de 80%, não é possível se falar em fim do uso da máscara. “Não há nenhum parâmetro para isso. As novas variantes alcançam quem já teve covid, temos um cenário ainda pior que 2020, pois a taxa de circulação do vírus é alta”, alerta.

Casos

O informe epidemiológico de Minas Gerais apontava nesta terça-feira (24) que até o momento foram registrados 2.047.252 de casos confirmados e 52.521 de óbitos por causa da doença. No país, conforme números do dia 23, foram contados 20.583.994 casos confirmados, dos quais, 19.479.947 pessoas se recuperaram e 574.848 foram a óbito.

Crianças

Ao contrário do início da pandemia, em que as crianças não eram potenciais vítimas de complicações do vírus, Márcio Castro alerta que a variante delta tem alcançado esta faixa etária. “Nos Estados Unidos temos percebido jovens e crianças infectados e agora, no Brasil, as salas de aula estão novamente abertas. Imagina o risco de ter estudantes sem máscara nesse cenário? As pessoas precisam levar a covid mais a sério. A pandemia não acabou e precisamos ter isso em mente”, conclui.
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Comentários

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Observador

25 de agosto, 2021 | 17:56

“Engraçado essa defesa enfática a "ciência" quando na verdade não há consenso entre os próprios cientistas quanto ao uso das mascaras para proteção dessa doença.

O que fica cada vez mais claro que só há um uso cínico de determinadas teorias cientificas para defender pautas politicas, enquanto isso os coronalovers continuam em sua escalada autoritária.”

Observador

25 de agosto, 2021 | 17:53

“Quantos coronalovers que estão usando essa pandemia para empurrar pautas politicas tirânicas... chega ser assustador o cinismo dessa gente.”

Joanas

25 de agosto, 2021 | 11:11

“Todos paises que desobrigou o uso da mascara foi pro buraco.hoje vemos exemplo dos estados unidos os casos la subiu assustadoramente depois de retirar a mascara.aqui se isto acontecer veremos dias terriveis.”

Que País é Esse?

25 de agosto, 2021 | 10:46

“Baseado em que o ministro da saúde faz esta afirmação? As pessoas já não usam máscaras e ainda lendo uma reportagem dessa, não usarão mesmo. População tenha consciência. A pandemia não acabou. E se depender de nossos governantes não acabará nunca.”

Carlos Roberto Martins de Souza

25 de agosto, 2021 | 10:16

“A CIÊNCIA OU A POLITICA?
Esta resposta precisa ser dada, não com ideologias, muito menos com achismos, mas com serenidade de quem pensa na vida como um dom de Deus. Estamos sendo desafiados a vencer um inimigo desconhecido, que pegou o mundo inteiro de surpresa, desprovido de qualquer resposta satisfatória para a solução do problema. Precisamos acreditar nos cientistas, pois eles trabalham pela ciência e pela vida. Ela, ciência, busca desvendar os mistérios da vida. Políticos trabalham por seus interesses, pouco importa se vai ou não morrer pessoas por suas ações. Eles fazem de suas vidas verdadeiros mistérios. Cientistas são inteligentes, políticos são expertos. Cientistas usam laboratórios, políticos usam gabinetes. Políticos formam grupos de negociatas e quadrilhas, cientistas formam grupos de pesquisas. A ciência cobra resultados, a política cobra propinas. Ser cientista é um sonho, ser político é um negócio. Cientista tem curiosidade, político tem interesses. A ciência é um quebra-cabeças, a política um quebra pau. As recompensas na ciência são intelectuais, na política são monetárias. Cientista vive para estudar, político para trapacear. Cientistas precisam ser visionários, políticos precisam ser miopes. A ciência é movida por perguntas, a política por dinheiro. Políticos são mentiroso por natureza, cientistas invocam e reverenciam a verdade. Cientistas trabalham com dados, políticos trabalham com votos. Ciência é uma profissão, política é um passatempo. Político é corrupto, cientista é honesto. Políticos tem curral, cientista tem laboratório. Cientista faz pesquisas pela vida, político pelos votos. Na ciência, toda propaganda é paga, na política ela é gratuita. Na ciência se usam jalecos, na política máscaras e fantasias. As origens do dinheiro na ciência são lícitos, na politica ele vem por acordos e propinas. Na ciência, os órgãos fiscalizam, na política, fazem conchavos. Cientista tem biografia, político tem prontuário. Cientista entra para a história, político para as páginas policiais. Política é a arena da morte, a ciência e a arena da vida. Na ciência os fins justificam os meios, na politica os meios justificam os fins. Na ciência há companheiros, na política há conspiradores que se unem. Portanto, quanto à vacina, prefiro acreditar na ciência... pois a ciência da política é pregar peças.”

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