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23 de agosto, de 2021 | 17:50

Polícia faz reconstituição da morte de Dayane Carvalho, no bairro Canaã

Wellington Fred
A reconstituição do assassinato de jovem, na rua Rute, bairro Canaã, foi feita na tarde desta segunda-feira A reconstituição do assassinato de jovem, na rua Rute, bairro Canaã, foi feita na tarde desta segunda-feira

O assassinato de Dayane Carvalho da Silva, de 26 anos, descoberto em 11 de agosto, foi reconstituído na tarde desta segunda-feira (23), na rua Rute, bairro Canaã, em Ipatinga. Na cena do crime ainda estão as marcas de sangue da noite do crime. E foi nesse ambiente que policiais civis trabalharam hoje. Veja, abaixo, a entrevista completa com o delegado responsável pela apuração do caso.

Autor confesso do crime, Genair José de Souza, de 50 anos, está preso por força de um mandado judicial desde o dia 18 de agosto, conforme noticiado pelo Diário do Aço.

Delegado da PCMG, Marcelo Franco Marino, informou em entrevista ao jornal que a reprodução simulada dos fatos (reconstituição do crime) teve como finalidade verificar a compatibilidade da versão apresentada pelo autor confesso, Genair José de Souza. E o trabalho foi “importante porque, conforme a gente já esperava, essa perícia demonstrou que o autor mentiu”, enfatizou.

O delegado acrescentou que a versão apresentada por Genair é fantasiosa, pois os fatos não ocorreram da forma como ele disse em depoimento após a decretação de sua prisão preventiva. “Ele alega que a vítima, durante a discussão que os dois tiveram, teria tentado se apossar de uma chave de fenda e que, por conta desse movimento da vítima, ele pegou um pé-de-cabra e a matou. A perícia cronometrou o tempo para percorrer a distância entre os pontos em que estavam os objetos e a versão dele é impossível. Na verdade, ele é quem pega a ferramenta e depois a vítima tenta se defender", detalhou o delegado.

Conforme o policial, Dayane foi atingida por diversos golpes. Ela não morreu com a primeira pancada e tentou se defender, usando os braços, que também foram atingidos. Correu, mas foi dominada no fim do corredor, arrastada até o centro da sala, onde recebeu novos golpes e foi a óbito.

Para o delegado, a investigação caminha para o fim e a conclusão é que se trata de um crime passional, motivado por um sentimento de rejeição de Genair por parte de Dayane, que tinha iniciado outro relacionamento.

A investigação também comprovou que além de limpar o sangue na ferramenta usada no crime, Genair também pegou o celular da vítima, resetou a memória do aparelho e o levou à residência de Dayane, que fica do outro lado da rua, quase em frente ao apartamento onde ocorreu o crime.

“O que ele tentou apagar foi o motivo do crime, uma mensagem às 8h35 (de 10/8), em que ela marcava um encontro com outra pessoa”, concluiu o delegado.

Para o delegado, também ficou esclarecido que, diferentemente da versão apresentada pelo autor confesso, de que a jovem foi espontaneamente à sua residência, foi ele quem a chamou ao apartamento, onde foi assassinada.

Entre as demais providências a serem adotadas na investigação, o delegado afirmou que as pessoas que receberam e esconderam Genair depois do crime também serão responsabilizadas.



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