21 de agosto, de 2021 | 10:35
País coleciona casos recentes de danos contra o patrimônio
Não são poucos os descasos na preservação da história, da cultura e das tradições populares. No país, em menos de oito anos, pelo menos cinco grandes incêndios registrados na imprensa deixaram tristes marcas históricas. Ao final desta semana em que se celebrou o Dia Nacional do Patrimônio Cultural, em 17 de agosto, homenageando o nascimento do mineiro Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898-1969), o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vale refrescar a memória” para alguns desastres que abalaram a preservação histórica do país, como retratos evidentes da falta de políticas efetivas em favor da conservação do patrimônio nacional.O Iphan mantém importante papel na preservação e na valorização dos bens móveis e imóveis da cultura brasileira, que merece ser contada. No entanto, há diversas variáveis e cuidados com monumentos e obras, imprescindíveis para que se mantenham preservados ao longo do tempo, e que, ao invés disso, são destruídos e desaparecem como cinzas em incêndios perfeitamente evitáveis, desde que houvesse prioridades e investimentos no lugar de discursos vazios.
Memorial da América Latina
Em 29 de novembro de 2013, um incêndio destruiu o auditório Simón Bolívar, parte do complexo do Memorial da América Latina (SP), deixando 11 bombeiros feridos. Além do prédio, a principal obra atingida foi uma tapeçaria da artista Tomie Ohtake.
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Memorial da América Latina
Memorial da América Latina
Museu da Língua Portuguesa
Em 21 de dezembro de 2015, um incêndio atingiu, principalmente, a torre do museu instalado no prédio da Estação da Luz (SP). Deixou uma vítima e, além de destruir parcialmente o imóvel, consumiu todo seu acervo, em sua maioria, digital.
Ana Mello/Scesp
Museu da Língua Portuguesa
Museu da Língua Portuguesa
Cinemateca Brasileira
No dia 3 de fevereiro de 2016, um incêndio o quarto na história da cinemateca atingiu um dos galpões do conjunto em São Paulo. No total, 1.000 rolos de filme foram destruídos, dos quais 17 eram curtas-metragens e 731 títulos de obras cinematográficas.
Rovena Rosa/Agência Brasil
Cinemateca Brasileira
Cinemateca Brasileira
Museu Nacional
Em 2 de setembro de 2018, o prédio foi destruído por um incêndio de grandes proporções, consumindo 90% do acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, no desastre que já é considerado a maior tragédia museológica do Brasil.
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Museu Nacional
Museu Nacional
Museu de História Natural da UFMG
Em 15 de junho de 2020, um incêndio atingiu parte da reserva técnica do acervo do museu, em Belo Horizonte. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo se alastrou para o telhado do prédio e as paredes da edificação ficaram comprometidas.
CBMMG/Divulgação
Museu de História Natural UFMG
Museu de História Natural UFMG
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