18 de agosto, de 2021 | 18:20

Dono de apartamento onde jovem foi encontrada morta é preso e confessa o crime

Wellington Fred + reprodução
Dayane Carvalho foi encontrada assassinada em um apartamento no bairro Canaã e autor confesso foi preso nesta quarta-feira, 18/8Dayane Carvalho foi encontrada assassinada em um apartamento no bairro Canaã e autor confesso foi preso nesta quarta-feira, 18/8
Com atualização de dados às 22h20
Os policiais civis da Delegacia de Homicídios de Ipatinga cumpriram hoje um mandado de prisão preventiva contra Genair José de Souza, de 50 anos, que confessou o assassinato de Dayane Carvalho da Silva, de 26 anos. A ordem judicial foi expedida a pedido do delegado Marcelo Franco Marino e cumprida por sua equipe na tarde desta quarta-feira (18).

O caso foi descoberto na quarta-feira (11), em um apartamento no prédio 557 da rua Rute, no bairro Canaã em Ipatinga. O morador do imóvel desapareceu depois de pedir à sobrinha, que também morava no local, que saísse do imóvel. A jovem chegou da rua e, ao entrar, viu a vítima caída na sala.

Dayane Carvalho morava em uma residência alugada, do outro lado da mesma rua onde ocorreu o crime. A sobrinha do suspeito informou a situação para a PM, que foi ao local e confirmou o fato.

A vítima estava com marcas na cabeça e havia suspeita que ela teve a cabeça socada no chão, conforme noticiado pelo Diário do Aço. No dia dos fatos a informação repassada à PM indicava que Genair tinha fugido do local em uma motocicleta.

O delegado Marcelo Franco informou que havia solicitado a prisão de Genair, o que foi atendido pela Justiça. O Diário do Aço apurou que, ao ser preso, o homem confessou o crime e levou os policiais civis até o apartamento para entregar o objeto usado para golpear e matar Dayane, uma ferramenta (pé de cabra). Em seguida, Genair foi recolhido no Sistema Prisional do Vale do Aço e está à disposição da Justiça.
Wellington Fred
A ferramenta usada para golpear a vítima foi recolhida na cena do crime; limpa depois dos golpes que atingiram Dayane A ferramenta usada para golpear a vítima foi recolhida na cena do crime; limpa depois dos golpes que atingiram Dayane

Depoimento marcado pela frieza

Em entrevista ao Diário do Aço, o delegado Marcelo Franco Marino disse que no depoimento Genair demonstrou frieza diante dos fatos e alegou legítima defesa. "Mas o local apresenta indícios de que houve realmente um homicídio, há marcas da tentativa da vítima em escapar da morte desde o primeiro golpe e que ele bateu por diversas vezes na Dayane, usando o pé de cabra, que foi limpo depois do crime", detalhou.

Conforme o delegado, o autor do feminicídio teve a frieza de colocar um saco plástico sob a cabeça da vítima, pois o sangramento era abundante e ele viu que o sangue escorria em direção à porta do apartamento. "Ele afirma que matou Dayane por volta das 21h e permaneceu dentro do apartamento por cerca de três horas, dentro do imóvel, esperando a hora em que sua sobrinha iria chegar. Nesse meio tempo, colocou a roupa para lavar, lavou o instrumento do crime e ficou pesando como iria fazer para se livrar do corpo", acrescentou o delegado.

Por fim, o policial afirmou ter ficado evidenciado que havia relacionamento entre Genair e Dayane. "Havia uma insistência por parte dele e uma recusa por parte dela. E isso gerou um sentimento de revolta que terminou no feminicídio", enfatizou. O delegado também descartou a possibilidade de ligação do assassinato com crimes praticados no passado por Dayane.

Ainda conforme a entrevista, depois do feminicídio, Genair José de Souza foi acolhido por duas pessoas e ambas serão intimadas e responsabilizadas pelo favorecimento pessoal. Ele, inclusive, relatou que ambas tinham conhecimento do crime que ele cometeu.
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