18 de agosto, de 2021 | 09:00

Covid-19: casos da variante delta ainda não foram registrados na região

Itamar Crispim/Fiocruz
Independentemente da cepa do coronavírus, médica alerta: é preciso usar máscara e manter distanciamento Independentemente da cepa do coronavírus, médica alerta: é preciso usar máscara e manter distanciamento

Mesmo com o avanço da vacinação contra a covid-19 na região, os cuidados não devem ser abandonados. Isso porque, num cenário de guerra sanitária, as variantes do coronavírus podem trazer novas preocupações, sintomas e consequências aos contaminados. No Vale do Aço, não há, até o momento, registro de casos da delta, segundo informou recentemente o superintendente regional de Saúde, Ernany de Oliveira e também a médica infectologista de Ipatinga, Carmelinda Lobato, que conversou com o Diário do Aço nessa terça-feira (17).

Segundo painel de observação do governo de Minas Gerais, que aponta diversos dados sobre a covid-19, dentre eles as variantes, oito cidades apresentaram casos da delta: Belo Horizonte, Divino, Unaí, Carangola, Itabirito, Juiz de Fora, Montes Claros e Virginópolis, totalizando 12 registros de amostras. A informação é do dia 13 deste mês.

Carmelinda observa que a variante delta tem sido uma preocupação no mundo inteiro. Ela ainda não foi identificada no Vale do Aço oficialmente, mas é sabido que isso pode sim ocorrer, até porque se transmite de maneira mais eficaz. “Mas não importa se é variante delta, alpha, beta ou gama, ou até mesmo a cepa selvagem do novo coronavírus, temos de tomar cuidado com todas, porque as medidas preventivas, como uso de máscara, distanciamento, não fazer aglomeração e higienização das mãos devem continuar sendo efetivas, juntamente com o processo de vacinação. A imunização está fluindo muito bem na nossa região e isso faz com que haja uma prevenção de evolução dos casos graves da doença. Mas independentemente da variante que estiver circulando, as medidas preventivas são as mesmas e devem ser reforçadas a cada dia, para todo mundo”, alerta.

Epicentro

No último dia 13, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, confirmou que a cidade é, no momento, o epicentro no país da variante delta. A informação foi confirmada durante a apresentação do 32º Boletim Epidemiológico do município.

Nesta segunda-feira (16), a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro divulgou relatório apontando que a variante delta já é a dominante no estado.

Uma pesquisa que teve participação de cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sugere que a variante delta do novo coronavírus (SARS-CoV-2) tem potencial maior de causar reinfecções e novos quadros de covid-19 em pessoas que haviam se curado da doença. A variante foi detectada pela primeira vez na Índia, mas já está presente em 85 países e causou a primeira morte no Brasil no mês de junho.

Pandemia

No Vale do Aço, a infectologista avalia que os casos confirmados da covid estão se mantendo numa estabilidade, com taxa de incremento abaixo de 10%, conforme observado nas semanas epidemiológicas. “E pode-se dizer que a pandemia segue em controle, o vírus ainda circula, obviamente, mas percebemos uma calmaria. Isso graças ao processo de vacinação, principalmente, mas também em virtude da manutenção das medidas preventivas e de distanciamento”, acrescenta.

Sobre as internações, Carmelinda salienta que há pessoas de todas as faixas etárias hospitalizadas, mas comparando com os primeiros meses de 2021, houve queda substancial na internação de idosos, pessoas que foram vacinadas primeiramente, junto com os profissionais de saúde. “Estão internando bem menos, graças a Deus. Então, aquelas pessoas que ainda não foram vacinadas, que são as da faixa etária de 30 até 59 anos, continuam sendo as principais internadas na atualidade, principalmente os que têm comorbidade. Mas acreditamos que a tendência disso é melhorar, a partir do momento em que a gente conseguir imunizar esse pessoal”, vislumbra.

Mensagem

A médica destaca o comportamento da população, que tem colaborado no processo de vacinação, o que classifica como uma cultura do brasileiro. “Gostaria de pedir que as pessoas não deixem de vacinar, que é nossa forma mais eficaz de combater essa pandemia. E para aquelas que estão vacinadas, digo que precisam continuar com as medidas preventivas. Não adianta só vacinar e não continuar com uso de máscara, distanciamento e todas as medidas. Na Europa e nos Estados Unidos, onde retiraram as medidas de forma rápida após ou durante o processo de vacinação, tiveram que retroceder e voltar a usar máscara. Estão observando aumento de casos confirmados e internação e não queremos que isso aconteça aqui. Precisamos ter cautela, paciência, estamos vencendo aos poucos a covid e precisamos continuar assim”, conclui.
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