17 de agosto, de 2021 | 14:45

Governo de Timóteo lança serviço pioneiro de acolhimento familiar de crianças e adolescentes

Divulgação
Autoridades e representantes do Conselho Municipal da Criança e do Conselho Tutelar participaram da solenidade de lançamentoAutoridades e representantes do Conselho Municipal da Criança e do Conselho Tutelar participaram da solenidade de lançamento

A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Timóteo lançou, na manhã desta terça-feira (17), na prefeitura, o Programa Bem Me Quer – Família Acolhedora. O objetivo da iniciativa é acolher crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e que precisem de um lar provisório, explica a pasta.

Participaram da solenidade de lançamento o prefeito timoteense Douglas Willkys; o vice-prefeito e secretário municipal de Educação, José Vespasiano Cassemiro, o Professor Vespa; o promotor de Justiça e coordenador regional da Coordenadoria dos Direitos da Criança e Adolescente do Vale do Rio Doce, Marco Aurélio Romeiro Alves Moreira; a assistente social e doutora Jane Valente; o prefeito de Marliéria, Hamilton Lima; a secretária municipal de Assistência Social, Rosanna Borges, além de representantes do Conselho Municipal da Criança, do Conselho Tutelar, líderes religiosos, dentre outros. Durante o evento foram seguidas medidas sanitárias contra a covid-19.

Rosanna Borges lembrou que existe uma lei desde 2010 que prevê a implantação do serviço de acolhimento familiar, mas que só agora está sendo implementada no município. “É muito importante esse programa para crianças e adolescentes que, por algum motivo, precisem ser afastadas do convívio da família de origem; agora elas passam a contar com mais essa possibilidade”, cita ela, lembrando que o acolhimento é provisório por um período de no máximo 18 meses, após a autorização da Justiça.

Acolhimento

Atualmente 25 crianças/adolescentes estão acolhidas no Instituto Presbiteriano Êxodo (IPÊ) e no Serviço Municipal de Acolhimento. Para participar do programa, a família interessada pode se inscrever por meio do site da Prefeitura de Timóteo. Após ser selecionada, a família é capacitada e passa a receber a criança e/ou adolescente assim que a Justiça autorizar o acolhimento por meio de um termo de guarda. Cada família participante tem direito a receber uma bolsa auxílio no valor de um salário mínimo, que deve ser usada exclusivamente nas despesas com o acolhido.

Durante a solenidade, Douglas Willkys disse: “sei o quão importante é uma criança e um adolescente receber apoio e não ser tratada como um problema. Nada supera o poder de uma família em moldar o caráter de um cidadão. É com muita responsabilidade que recebemos esse desafio de convencer as famílias timoteenses a fazerem a diferença na vida de crianças e adolescentes que precisam de apoio num momento de dificuldade. Espero que essa iniciativa também sirva de exemplo para outras cidades”.

Pioneirismo

O promotor de Justiça, Marco Aurélio Romeiro Alves Moreira, destacou o pioneirismo de Timóteo ao implantar o programa. Na avaliação de Jane Valente, para que este serviço tenha sucesso é preciso o envolvimento de todos, incluindo o município, a Justiça, o Ministério Público, as lideranças religiosas e comunitárias. Jane, que atua há 40 anos como profissional da Assistência Social e há 23 anos com acolhimento familiar, também destacou a relevância de fazer investimentos contínuos para melhorar a qualidade do serviço oferecido.

Números

Segundo dados de 2018 apresentados por Jane Valente, o Brasil possui 2.834 unidades institucionais de acolhimento, 31.769 crianças/adolescentes acolhidos, sendo que 40% desse público fica até seis meses nas instituições. Já o serviço de acolhimento familiar conta com 332 serviços de acolhimento, 1.377 crianças/adolescentes acolhidas, 1.625 famílias receptivas e 82,5% ficam até seis meses abrigados em casas de famílias.
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