14 de julho, de 2021 | 08:30

Diante de recusa da vacina, profissional reitera: ''é a única forma cientificamente comprovada contra a covid-19''

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Vacinação assegura maior proteção ao corpo, em caso de covid-19, alertam profissionais  Vacinação assegura maior proteção ao corpo, em caso de covid-19, alertam profissionais

Mesmo com a propagação da importância da vacinação contra a covid-19, a recusa em receber a imunização ainda existe, seja por medo de efeitos adversos ou até mesmo a morte, como relatado por uma leitora ao Diário do Aço, mas que preferiu não se identificar neste texto. Para o enfermeiro e referência técnica em covid-19 de Santana do Paraíso, Fabrício de Souza Lima, que atende na unidade de saúde do bairro Industrial, é preciso entender os benefícios da vacina e que, sem ela, os riscos de fato existem.

A leitora em questão questionou, assim como vários outros já o fizeram, se ao tomar a dose correria risco de morte. Tal pergunta foi baseada em diversas notícias sem embasamento científico (fake news), propagadas via mídias sociais, desde o início da imunização, principalmente por parte dos negacionistas, que colocam em xeque a eficácia da vacina e citam o risco e efeitos da covid-19.

Sobre a quantidade de pessoas que recusaram a vacina, a Secretaria de Saúde de Santana do Paraíso informa que, no momento, só é possível mensurar o número daqueles que procuraram os pontos de referência de vacinação contra a covid-19 para tomar o imunizante. Como a cobertura vacinal de toda a população ainda não está completa, não há como mensurar quem optou por não tomar as doses. No município, 11.921 pessoas estão vacinadas (9.362 com a primeira e 2.559 com a segunda dose).

Outras cidades

Coronel Fabriciano divulga diariamente a quantidade de pessoas que recusaram a vacina. Até o fechamento desta edição, 319 pessoas se negaram a tomar a primeira dose. Os dados são do dia 12, último balanço fornecido pela administração municipal. O material aponta ainda que 39.594 pessoas receberam a primeira dose da imunização, enquanto 13.945 já estavam imunizadas com as duas.

Ipatinga publica o balanço de vacinados, mas não fornece, até então, a quantidade de recusas. Até o dia 13 de julho, 103.984 cidadãos estavam vacinados com a primeira dose, 29.100 com a segunda e 2.571 com a dose única da Janssen. Timóteo também não divulga os dados de vacinação, apenas o boletim epidemiológico de casos da doença. No município, a vacinação é por demanda espontânea, ou seja, as pessoas que querem ser imunizadas precisam se deslocar até um ponto disponibilizado pela administração local. A imunização feita em domicílio atendeu acamados, pessoas com dificuldades de locomoção e idosos. Esse grupo era prioritário na fase inicial da vacinação e pela vulnerabilidade do estado de saúde.

Importância

O enfermeiro Fabrício de Souza Lima lembra que a importância de ser vacinado contra a covid-19 está no processo de defesa do corpo, quando uma “parede” é fechada para que o intruso não entre. “A chance de você não vacinar e piorar com covid-19, chegando a ir para o hospital e ficar intubado, é grande. Se vacinar, terá uma chance maior de não ter agravamento de sintomas, o que não quer dizer que não vai pegar (a covid), mas terá um agente maior na soma dessa prevenção da doença. Os anticorpos vão se preparar para se defender contra a covid. A recusa de imunização pode provocar a piora no caso de coronavírus e a pessoa sobrecarregar as unidades básicas de saúde para atendimento normal de pacientes que precisam sempre da estrutura, como no caso de diabetes, hipertensão, infarto e acidente. Isso sem falar nas unidades hospitalares”, reforça.

O profissional reitera que a vacina é a única forma cientificamente comprovada e que tem eficácia no combate à covid. “E lembrando que quando se fala em campanha nacional de vacinação contra covid, todos os municípios seguem a diretrizes do Ministério da Saúde e em Paraíso não eliminamos grupos de vacinação. Mas seguimos de acordo com que temos registrado e orientado pelo Ministério. A importância de vacinar dentro desses grupos é a garantia maior de que terá o retorno, a segunda dose. Sabemos que hoje, no mundo, a vacina é o insumo que demanda maior tecnologia para ser fabricado. Então temos de vacinar pensando na segunda dose. Aqui seguimos as diretrizes e não temos autonomia e competência para pular grupos e adiantar idade. Seguimos normativas da Superintendência de Saúde, que por sua vez segue o Ministério da Saúde”, conclui.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Observador

15 de julho, 2021 | 07:59

“Um termo... vacina experimental !”

Envie seu Comentário