10 de julho, de 2021 | 10:00

Saritur tem até o dia 23 para manifestar sobre proposta de conciliação

Até esta data, o atraso no pagamento de direitos, como horas-extras, não deve ser motivo para novas paralisações no serviço de transporte coletivo

Divulgação
Assembleias foram realizadas nesta sexta-feira (9) Assembleias foram realizadas nesta sexta-feira (9)

A situação dos trabalhadores rodoviários da Saritur pode ter um desfecho em breve. Isso porque, após audiência de conciliação entre as partes ocorrida na quinta-feira (8), ficou determinado que a empresa deve dar retorno às demandas apresentadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Coronel Fabriciano (Sinttrocel) até o dia 23. Até lá, o atraso no pagamento de direitos, como horas-extras, não deve ser motivo para novas paralisações no serviço de transporte coletivo. Os termos foram apresentados durante assembleias promovidas pelo sindicato nesta sexta-feira (9).

A audiência de conciliação foi realizada pela juíza Fernanda Garcia Bulhões Araújo, da Vara do Trabalho de Coronel Fabriciano e reuniu representantes do sindicato, procuradores dos municípios de Timóteo e Coronel Fabriciano, além do procurador do Ministério Público do Trabalho, Túlio Mota Alvarenga, mas nenhum representante da Saritur esteve presente. Na ocasião, o sindicato apresentou as reivindicações e ficou decidido que a Saritur tem até o dia 23 para manifestar sobre a proposta de conciliação feita pelo Sinttrocel. Até lá, não deverão ser promovidas novas paralisações, como a ocorrida na quarta-feira (7). A Justiça determinou também que pode haver paralisação, mas que o sindicato tem que garantir o funcionamento de 60% do transporte, interrupções que não deverão ocorrer até o dia 23, por entendimento da categoria em assembleia.

Conforme o presidente do Sinttrocel, Marlúcio Negro, um dos motivos de os trabalhadores terem pedido apoio ao sindicato na manifestação foi por causa do pagamento das horas-extras. Ele explica que existe um atraso e que na campanha salarial ficou definido que a empresa iria acertar no pagamento de junho 30% das horas que estão no banco, o que não ocorreu. “Mas ela não cumpriu e tem trabalhador que saiu de férias mês passado, retornou e não recebeu o valor correspondente. Outro problema é que a empresa prometeu que os intervalos de cinco a dez minutos de ponto seriam considerados como hora trabalhada, mas passaram a descontar, fizeram o inverso”, disse o presidente.

Proposta

Na proposta apresentada pelo sindicato em audiência, está o pedido de pagamento das horas extras de abril de 2020 a abril de 2021, em duas parcelas iguais. A primeira junto com o pagamento de julho e a segunda com o pagamento de agosto, sendo apresentado também o espelho de ponto das horas extras realizadas; que retorne com o totem dentro da empresa para os trabalhadores conferirem todas as horas trabalhadas; que os intervalos entre uma viagem e outra sejam considerados de efetivo trabalho, haja vista que neste período tanto o motorista quanto o trocador não podem se ausentar do local de trabalho, ficando portanto trabalhando, dentre outros pontos.

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