07 de julho, de 2021 | 19:24

Ônibus urbanos voltam a circular em Coronel Fabriciano e Timóteo

Justiça determinou volta de 60% dos trabalhadores e sindicato optou por suspensão de paralisação de rodoviários

Movimento de paralisação, que cobra cumprimento de direitos trabalhistas, foi suspenso e passa a ser discutido em audiência na Justiça do Trabalho Movimento de paralisação, que cobra cumprimento de direitos trabalhistas, foi suspenso e passa a ser discutido em audiência na Justiça do Trabalho

Os ônibus urbanos voltaram a circular normalmente hoje em Coronel Fabriciano e Timóteo. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, o Sinttrocel, no começo da noite.

A suspensão da paralisação dos rodoviários nas duas cidades foi decidida em função de uma liminar da Justiça do Trabalho, que determinava a volta de 60% do pessoal.

A opção dos representantes dos trabalhadores foi pela suspensão do movimento, pois entendeu que o movimento seria esvaziado, e discutir em audiência, suas reivindicações.

Até a tarde desta quarta-feira, conforme divulgou o Diário do Aço, a decisão era a de manter ou ampliar para Ipatinga o protesto, cenário que mudou com a ordem judicial.

Entenda porque os rodoviários fazem protesto



Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Coronel Fabriciano (Sinttrocel), Marlúcio Negro, um dos motivos de os trabalhadores terem pedido apoio na manifestação foi por causa do pagamento das horas-extras.

O dirigente explica que existe um atraso referente ao período de abril de 2020 a abril de 2021. “E na campanha salarial ficou acertado que a empresa iria acertar no pagamento de junho 30% das horas que estão no banco. Mas ela não cumpriu e tem trabalhador que saiu de férias mês passado, retornou e não recebeu o valor correspondente. Outro problema é que a empresa prometeu que os intervalos de cinco, dez minutos de ponto seriam considerados como hora trabalhada, mas passaram a descontar, fizeram o inverso”, disse o presidente.

Ainda segundo Marlúcio, a empresa não havia manifestado a respeito do impasse até a tarde desta quarta-feira, acrescentou também que a diretoria do sindicato está à disposição para voltar a negociar.

O que diz a Saritur

Procurada, a direção da Saritur informou, por meio de nota, que foi pega de surpresa pela manifestação desta manhã e que não foi informada com 72 horas de antecedência, como previsto em legislação.

“A falta de aviso e a recusa em cumprir escala mínima em um serviço essencial tornam a manifestação ilegal. O acordo já foi feito, constando ata, o que significa que não existe motivo para tal paralisação. Estamos nos esforçando para retomar as operações normais o mais rápido possível”, relatou a empresa.

Deu polícia no protesto

Por volta das 14h, uma confusão teve início na garagem do bairro Floresta, em Coronel Fabriciano, onde a Polícia Militar esteve para verificar a situação. Entretanto, trabalhadores afirmaram que não havia motivo para intervenção policial no local. Em um dos vídeos gravados, uma usuária do transporte exigia o exame toxicológico dos trabalhadores, como forma de interpelar a categoria, que estava parada no local.
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