04 de julho, de 2021 | 09:30

Vale do Aço gera em maio quase o triplo dos empregos de abril

Arquivo DA
Em Ipatinga, indústria da transformação e serviços geraram 467 empregos Em Ipatinga, indústria da transformação e serviços geraram 467 empregos

A divulgação dos resultados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de maio ainda reflete os impactos da paralisação da economia decorrente da lentidão da vacinação da covid-19 (menos de 50% da população recebeu apenas a primeira dose até sábado 3/7) e também o corte significativo dos valores pagos pelo Auxílio Emergencial do Governo Federal. Os dados são da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e foram tabulados e analisados exclusivamente para o Diário do Aço pelo geógrafo William Passos, do Observatório das Metropolizações e da Rede Observatórios do Trabalho, do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério da Economia.

“No total, a Região Metropolitana do Vale do Aço (Ipatinga, Timóteo, Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso) registrou 3.891 novas admissões e 3.283 novas demissões em maio, alcançando um saldo de 608 novos empregos formais com carteira assinada naquele mês, quase o triplo dos 262 empregos gerados em abril. Já na Região Metropolitana Expandida (os quatro municípios mais Caratinga e Belo Oriente), foram registrados 624 novos empregos em maio, contra apenas 230 em abril”, detalha o geógrafo.

Desempenho

Se no Brasil a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, divulgada dia 31 de junho, aponta para 14,8 milhões de brasileiros desocupados (14,7% da população) no trimestre entre fevereiro e abril de 2021, no Vale do Aço, a recuperação do mercado de trabalho formal do setor privado em relação a abril reflete a continuidade do bom desempenho da indústria da transformação de Ipatinga, que gerou 199 novos postos de trabalho em maio, quase a totalidade (206) dos empregos gerados pela indústria do município.

Por outro lado, o resultado positivo também foi ocasionado pelo setor de serviços, que gerou 202 novos empregos sob o impulso das atividades de escritório (arquitetura e engenharia, atividades jurídicas e de contabilidade) e da reabertura das escolas (com destaque para a contratação de profissionais da educação infantil). Juntos, os dois setores puxaram a geração de 467 novos postos de trabalho em Ipatinga em maio.

“O segundo melhor desempenho foi apresentado por Timóteo, que, apesar do saldo positivo (77 empregos formais em maio), teve sua indústria registrando, comparativamente a Ipatinga, desempenho bem mais fraco (apenas 58 empregos gerados). Na sequência, Coronel Fabriciano apresentou saldo positivo de 68 empregos, puxados pelo comércio (29 empregos) e pelo setor de serviços do município (42 empregos), com destaque para a geração de postos formais na educação (25 empregos), sob o impulso da contratação nas instituições de educação superior (17 empregos)”, aponta William.

Santana do Paraíso, por sua vez, registrou fraco desempenho na criação de contratos de trabalho formais, sendo o único município da região a registrar saldo negativo (- 4 empregos). Na Região Metropolitana Expandida do Vale do Aço, assim classificada e cartografada pelo geógrafo William Passos, criador do Observatório das Metropolizações e colaborador do Diário do Aço, apesar do saldo positivo, Caratinga (apenas 11 empregos gerados) e Belo Oriente (somente cinco empregos) também registraram fraco desempenho de seus mercados de trabalho formais.
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Comentários

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Marcelo

04 de julho, 2021 | 14:26

“E paga com certeza o PIOR salários do Brasil, um bando de burro de carga acreditando que têm um ótimo salário, só dar uma volta fora daqui que vcs terão ciência que um encarregado de obra ganha mais que um gerente de usina aqui.”

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