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01 de julho, de 2021 | 10:00

Ato nacional contra Bolsonaro terá manifestações no Vale do Aço

Daniela Dornelas
O ato pretende mobilizar ativistas nas diversas capitais e cidades do país e do resto do mundoO ato pretende mobilizar ativistas nas diversas capitais e cidades do país e do resto do mundo

Sob o lema “vacina no braço, comida no prato e fora Bolsonaro, Impeachment já!”, manifestantes irão às ruas em todo o país no próximo sábado (3). Convocado pelas frentes nacionais Brasil Popular e Povo Sem Medo e Coalisão Negra, o ato pretende mobilizar ativistas nas diversas capitais e cidades do país e do resto do mundo. Na região, mais uma vez, a ação é convocada pelo Fórum em Defesa da Vida-Vale do Aço, que reúne diversas entidades e movimentos sociais populares, coletivos e partidos políticos. Em Ipatinga, o ato será realizado a partir de 9h, no Centro.

Com as últimas revelações feitas na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, o desgaste do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acelerou o processo de mobilização nas ruas. Inicialmente, haveria um ato no dia 24 de julho, mas, diante dos novos escândalos envolvendo o governo, uma nova data foi acrescida ao calendário, o dia 3.

Conforme divulgado pelo movimento, o objetivo é denunciar o “genocídio em curso, praticado pelo governo federal e seus apoiadores nos estados e municípios”, além de evidenciar os indícios de corrupção, envolvendo a aquisição de testes e vacinas contra a covid-19, além da venda de madeira ilegal, que custou a queda do ministro do Meio Ambiente.

Escândalo da Covaxin

Em depoimento à CPI da Covid na última sexta-feira (25), o servidor Luís Ricardo Miranda, chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, disse ter sofrido uma "pressão incomum" para assinar o contrato com a empresa Precisa Medicamentos, que intermediou o negócio entre o governo brasileiro e a fabricante indiana Bharat Biotech. Esse negócio foi o único a envolver intermediários. O contrato de compra de 20 milhões de doses saiu a R$ 1,6 bilhão para o governo, com preço unitário de R$ 80,70 a dose, se tornando a vacina mais cara usada no Brasil. Em comparação, as demais vacinas aplicadas no país tiveram o seguinte custo, por unidade: CoronaVac R$ 58,20, Janssen R$ 56,30, Pfizer R$ 56,30, AstraZeneca importada da Índia R$ 30,16 e AstraZeneca produzida pela Fiocruz R$ 19,84. Na terça-feira (29), o Ministério da Saúde anunciou a suspensão temporária do contrato, por recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU). O contrato com a farmacêutica indiana também foi fechado em velocidade atípica, 97 dias, enquanto a negociação com a Pfizer levou 330 dias para ser concluída. Todos esses indícios de corrupção são investigados pelos senadores na CPI e adiantaram os protestos nas ruas.

Concentração

Em Ipatinga, os participantes se concentrarão a partir das 9h, na Praça 1° de Maio, de onde sairão em caminhada pelo Centro. O encerramento do ato será no Memorial da Resistência, na praça da Bíblia, em frente ao Camelódromo, onde será feita uma homenagem aos mortos, vítimas do Massacre de 7 de outubro de 1963 e da covid-19.

“É preciso que venhamos para as ruas, o momento é grave e exige nossa atitude. Lutar é preciso. Tragam seus cartazes e bandeiras. Se cuidem. Venham com máscara, álcool em gel e bebam água”, convida a organização do protesto.

Atos

Este será o terceiro ato contra o governo organizado pelo movimento em Ipatinga, que já promoveu manifestações nos dias 29 de maio e 19 de junho.

Apoio

Enquanto um grupo indigna-se contra o presidente, outra fatia da população se posiciona a favor dele, assim como das pautas que o presidente defende. Em Ipatinga, carreatas foram organizadas pelo grupo Guerreiros Voluntários B38 Vale do Aço, que criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por “defender cegamente a segurança da urna eletrônica” e inseriu a região na campanha nacional pelo “Voto impresso auditável”. O grupo passou a afixar faixas em pontos estratégicos e postagens nas mídias sociais para manter o tema em evidência.

A possibilidade de voltar com o voto impresso precisaria da aprovação de uma lei para se tornar realiade. Porém, nesta semana, líderes de 11 partidos políticos decidiram que não vão apoiar a mudança do atual sistema de votação eleitoral.

Daniela Dornelas
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Comentários

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Marcio

01 de julho, 2021 | 14:55

“Infelizmente no país não existe uma terceira opção para disputar a presidência.
Porque voltar com o MOLUSCO jamais. E não tem como mudar a cabeça de no minimo 40 milhões de eleitores do Bolsonaro.
Então querendo ou não ele ficará mais 4 anos..”

Gildázio Garcia Vitor

01 de julho, 2021 | 13:44

“Viva a participação popular das Direitas, do Centro e das Esquerdas! Viva o Estado Democrático (e) de Direito! Viva a liberdade de expressão e de imprensa! Viva o Portal Diário do Aço! Viva aos cidadãos "de bem" das Direitas! Viva aos cidadãos "porqueiras" das Esquerdas, como eu e tantos outros!”

Eleitor

01 de julho, 2021 | 12:53

“Muito estranho esse jornal dar tanta importância como algo insignificante como essas manifestações idiotas da esquerdopatals. Chora ptttt”

Anderson

01 de julho, 2021 | 12:24

“"Desgoverno" Bolsonaro conseguiu a proeza de reunir o pior de todos os seus antecessores juntos. Ele vai passar, ainda bem porque nada é para sempre, mas a história irá julgar tanto ele como o comportamento insano, infantil e sem amor ao próximo dos seus apoiadores. Ficará a vergonha, dos supostos cidadãos de bem.”

Paulo Reis

01 de julho, 2021 | 10:32

“A oposição está desesperada, sempre inventando narrativas para derrubar Bolsonaro, mas não adianta, reeleito 2022. Segundo a CNM, Mandetta disse que ex-deputado do DEM avalizou diretor da Saúde exonerado. Segundo o ex-ministro, indicação de Roberto Dias foi feita por Abelardo Lupion, e não Ricardo Barros.
E AGORA LUIS MIRANDA?”

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