30 de junho, de 2021 | 13:45

Lázaro - não se comemorou a morte, mas a vida de inocentes!

Bady Curi Neto *

“Comemoro a vida dos Policiais, o alívio da população, a paz para trabalhar”

Todos acompanharam pela mídia a caçada do bandido Lázaro. Dentre os tipos penais por ele cometido estão homicídios, tentativa de homicídios, estupros, roubos, porte ilegal de armas, invasão, furtos e tentativas de latrocínio, dentre outros. O marginal já era antigo conhecido da Polícia e da Justiça, condenado por roubo e estupro, estando indiciado por outros crimes de homicídios e estupros.

Expert em fuga, era foragido do sistema prisional, fugira das penitenciárias de Goiás, Bahia e do Distrito Federal. Durante vários dias, o criminoso, que alguns ativistas insistem em denominá-lo de cidadão infrator ou delinquente, deixara um rastro de medo, verdadeiro pânico, entre os moradores da região de Goiás, por onde havia suspeita de sua presença ou passagem.

Foi organizada uma força-tarefa, com 270 policiais, durante 20 dias, que patrulharam as cidades de Cocalzinho de Goiás, Girassol e Águas Lindas de Goiás, revistaram carros, casas, fizeram barreiras nas estradas, adentraram nas matas, ao custo estimado de R$ 3 três milhões aos contribuintes, ou seja, as pessoas de bem, trabalhadoras e cumpridoras de seus deveres.

A Defensoria Pública do Distrito Federal, ao meio de tantos assassinatos e estupros praticados por Lázaro, chegou a interpor um pedido de proteção, pasmem, junto à Justiça para que o criminoso, se preso, tivesse cela individual. Segundo o órgão, era necessário a “proteção especial à integridade física e mental e a proteção contra qualquer forma de sensacionalismo e exposição vexatória”.

A megaoperação resultou no encontro do criminoso Lázaro, que ao reagir foi morto com dezenas de tiros pelos policiais. Com a morte do bandido, tenho visto nas mídias sociais, algumas pessoas questionando o trabalho dos Policiais (com letra maiúscula) dizendo que houve excesso de força, que deveriam tentar desarmá-lo e prendê-lo. Que agentes e outras pessoas civis fizeram um espetáculo dantesco ao comemorarem a morte de um ser humano.

Será que os críticos esqueceram que se tratava de um serial Killer, de altíssima periculosidade, desprovido de qualquer respeito pela vida humana, podendo atentar contra a vida dos operosos Policiais? Que foram necessários quase três centenas de agentes, durante vinte dias, para encontrar um só criminoso, que matava, estuprava pessoas inocentes, tocando o “terror” por onde passava? Que os policiais que ali estavam, diuturnamente, na defesa dos cidadãos de bem, cumprindo seu mister, também tem filhos e esposas?

Seria justo exigir dos agentes da lei, uma troca de tiros, em igualde de condições, com o assassino contumaz?

Realmente não posso enxergar excessos dos operosos Policiais. Temos que deixar de hipocrisia, sempre procurando culpar agentes da lei no enfrentamento ao bandido, em verdadeira inversão de valores.

Lado outro, a minha formação religiosa Cristã não me permite comemorar a morte de quem quer que seja, mesmo que um criminoso da estirpe de Lázaro. Porém, comemoro a vida dos Policiais, o alívio da população daquela localidade (refém do medo), a paz para trabalhar e que nenhuma mulher correrá mais o risco de ser estuprada por aquele adjeto humano. Tenho dito!

* Advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e professor universitário
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