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03 de junho, de 2021 | 13:54

Brasil receberá doses de vacina via Covax Facility

EUA apresentam detalhes de plano que doará 80 milhões de doses de imunizantes contra a covid-19

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (3) os detalhes de seu plano para compartilhar pelo menos 80 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 com o resto do mundo até o fim de junho, incluindo um plano específico para as primeiras 25 milhões de doses.
Divulgação
O governo do presidente Joe Biden anunciou a destinação de vacinas a países que enfrentam surto de covid-19 O governo do presidente Joe Biden anunciou a destinação de vacinas a países que enfrentam surto de covid-19


O Brasil será beneficiado por meio de doses recebidas por meio do consórcio internacional Covax Facility, aliança internacional coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para acelerar o desenvolvimento e a produção de vacinas contra o novo coronavírus e garantir o acesso igualitário aos imunizantes.

Pelo menos 75% dessas vacinas doadas pelo governo de Joe Biden serão compartilhadas com o consórcio Covax e 25% serão compartilhadas diretamente com países necessitados, explicou a Casa Branca.

“Pelo menos 75% dessas doses – quase 19 milhões – serão compartilhadas por meio da Covax, incluindo aproximadamente 6 milhões de doses para a América Latina e o Caribe, aproximadamente 7 milhões para o Sul e Sudeste Asiático e aproximadamente 5 milhões para a África, trabalhando em coordenação com a União Africana e os Centros Africanos para o Controle e Prevenção de Doenças", detalha o comunicado.

"As doses restantes, pouco mais de 6 milhões, serão compartilhadas diretamente com os países que estão passando por surtos, aqueles em crise, e outros parceiros e vizinhos, incluindo Canadá, México, Índia e República da Coreia.”

Os EUA disseram que o objetivo da iniciativa é "preparar o terreno" para uma maior cobertura global de vacinas contra a Covid-19. "A alocação desta primeira parcela de doses doadas reflete o desejo dos Estados Unidos de responder a todas as regiões e estabelecer as bases para um maior fornecimento e acesso em todo o mundo."

Além disso, a Casa Branca diz que a prioridade é ajudar países que ainda precisam imunizar profissionais da saúde – especialmente os que atuam na linha de frente contra a pandemia – e outras populações vulneráveis à doença.

“Estamos compartilhando essas doses não para garantir favores ou extrair concessões. Estamos compartilhando essas vacinas para salvar vidas e liderar o mundo para acabar com a pandemia, com a força do nosso exemplo e com os nossos valores”, disse o governo Biden.

Doses destinadas ao Brasil



O total de doses de vacinas que serão destinadas ao Brasil ainda não está claro – os EUA não informaram, separadamente, quantas unidades serão destinadas por país.

O comunicado da Casa Branca, porém, diz que o país está no grupo que receberá 6 milhões de unidades por meio da Covax. Além do Brasil, essas unidades serão divididas por Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá, Haiti e outros países caribenhos, além da República Dominicana.

"As vacinas e as quantidades específicas serão determinadas e compartilhadas à medida que o governo trabalhar por meio dos parâmetros logísticos, regulatórios e outros específicos de cada região e país", diz a nota do governo Biden.

"O compartilhamento de milhões de vacinas dos EUA com outros países sinaliza um grande compromisso do governo. Assim como nos Estados Unidos, agiremos o mais rapidamente possível, cumprindo os requisitos legais e regulamentares dos EUA e do país anfitrião, para facilitar o transporte seguro de vacinas através das fronteiras internacionais. Isso levará tempo, mas o presidente instruiu o governo a usar todas as possibilidades para proteger os indivíduos desse vírus o mais rápido possível."

Vacina para o Brasil

O Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou em entrevista à CNN que, em "última instância", os EUA terão a autoridade para decidir quais países receberão as primeiras 25 milhões de doses das vacinas.

Sullivan acrescentou que os EUA estão trabalhando com base em uma lista de países do programa e fizeram seleções "em coordenação com o consórcio, de modo que manter a palavra final em termos de para onde vão".

"Mas, no final das contas, os Estados Unidos terão autoridade para dizer que essas doses estão indo para cá e não para lá. Mas isso será feito em estreita consulta e parceria com a Covax", disse o conselheiro.

Sullivan acrescentou que isso será feito de acordo com a logística e entrega da Covax para "garantir que essas doses realmente se traduzam imunizantes aplicados no braço das pessoas". (Com informações de Kate Sullivan, da CNN)

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