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26 de maio, de 2021 | 13:56

Médica da Unimed Vale do Aço esclarece dúvidas sobre a hemofilia

Mais de 24 mil pessoas no Brasil sofrem com a hemofilia e outras desordens hemorrágicas hereditárias. Apesar de ser uma doença que afeta a coagulação do sangue, provocando dificuldade para controlar sangramentos, com os tratamentos adequados é possível que o paciente viva com a doença, conforme explica a hematologista e hemoterapeuta cooperada da Unimed Vale do Aço, Letícia Telles.

“O sangue é composto por várias substâncias e cada uma delas tem uma função específica. Na hemofilia temos as proteínas, chamadas de fatores de coagulação, que ajudam a estancar hemorragias, e são classificados em números. A pessoa com hemofilia não tem um dos fatores em quantidade suficiente ou em qualidade adequada para exercer sua função, com isso, seu sangue demora mais para formar um coágulo”, detalha a médica.

A especialista esclareceu que qualquer sangramento em excesso deve ser investigado. “O diagnóstico da patologia é feito por exames laboratoriais específicos. Nos primeiros anos de vida é possível diagnosticar a doença, já que podem surgir os hematomas ou algum sangramento abundante em pequenos ferimentos. É fundamental que, ao observar qualquer manifestação, o paciente procure o médico”, alerta.

Sintomas e tratamento

Dentre os sintomas da hemofilia, o principal é o sangramento. “Os hemofílicos graves podem ter hemorragias espontâneas, sem uma causa aparente. Geralmente os sangramentos podem ser intramusculares, que são os hematomas; na pele, que são as equimoses; ou intra-articulares. E podem ocorrer em outros locais, como sistema geniturinário, sistema nervoso central, entre outros”.

Ainda segundo Letícia Telles, garantir o tratamento fundamental é essencial para os pacientes hemofílicos. “Apesar dos inúmeros recursos presentes em nossa região, a falta de um Hemominas é uma desvantagem. O mais próximo de nós fica em Governador Valadares. Pacientes que vivem longe dos grandes centros ficam sem a possibilidade de tratamento ortopédico, fisioterapêutico e odontológico especializados, que são essenciais para a qualidade de vida das pessoas com hemofilia”, citou a médica.

Na maioria dos casos, o tratamento é feito por meio da reposição do fator de coagulação deficiente. “Lembramos que os fatores de coagulação utilizados nos tratamentos hemofílicos são obtidos a partir do sangue humano, são fatores derivados do plasma. A reposição do fator por ser realizada por demanda, após um episódio de sangramento, ou profilática, que se faz antes da hemorragia e é indicado para as hemofilias graves”.
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