23 de maio, de 2021 | 08:00

Projeto para analisar poluição nos oceanos fará parte de expedição com a Família Schurmann

Yago Cardoso
Bruno Libardoni ficará responsável pela parte científica do projeto Vozes do OceanoBruno Libardoni ficará responsável pela parte científica do projeto Vozes do Oceano
Com o objetivo de produzir conhecimento acerca dos efeitos da ação humana sobre os oceanos, um grupo de cientistas partirá em uma expedição marítima, junto à Família Schurmann, que é famosa por velejar ao redor do mundo há mais de 30 anos. O início da viagem está marcado para o dia 15 de agosto deste ano. Em entrevista ao Diário do Aço, o oceanógrafo, doutor Bruno Libardoni, que participará da expedição, detalhou o objetivo desse projeto, chamado Voz dos Oceanos, do qual assumiu a parte científica.

Conforme Bruno Libardoni, o projeto Voz dos Oceanos, que conta com o apoio global do Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), surgiu da necessidade de mostrar para o mundo quais são as realidades dos oceanos e os impactos causados pelos humanos. “A partir do dia 15 de agosto deste ano, vamos coletar dados do oceano, desde Itajaí, em Santa Catarina, até Fernando de Noronha, em Pernambuco. A cada 100 metros, vamos coletar informações, por meio de um equipamento tecnológico, e gerar um banco de dados bastante robusto para compreender essas variáveis de impactos ao longo da expedição no oceano. Depois teremos a parte internacional, que será saindo de Fernando de Noronha, até a Nova Zelândia. Esse projeto tem uma duração de 24 meses no total e alcançará cerca de 40 locais estratégicos no planeta”, informou.

O cientista Bruno também ressalta que o projeto Voz dos Oceanos é da Família Schurmann, que tem uma tripulação bem estruturada e um veleiro para fazer a expedição tornar-se uma realidade. “Teremos pilares diferentes dentro desse projeto. Um de inovação científica, um de ciência e um de educação. Esses pilares têm equipes diferentes que vão atuar e conversar entre si para que façamos um projeto bastante completo sobre essa transformação dos oceanos ao longo desses anos”, explicou.

Acesso público
Bruno Libardoni ainda acrescenta que os dados coletados sobre a situação do oceano serão divulgados em uma plataforma de acesso livre, para que tanto a comunidade científica quanto o público em geral tenham acesso a esse material. “Os dados serão coletados a cada minuto dentro da expedição. Temos uma estimativa de oito milhões de dados que vão ser gerados nessa expedição”.

Ausência de dados
Outro aspecto relevante apontado pelo oceanógrafo é que existe uma falha na obtenção de dados sobre a poluição plástica nos oceanos, não só no Brasil, mas no mundo todo. “Com essa expedição, vamos fazer essa atualização. Teremos realmente uma noção da presença e ausência de materiais plásticos. Com essa atualização da realidade do oceano no Brasil, será possível ter ações de governança para melhorar a situação”, pontuou.

Facebook Família Schurmann
As viagens da Família Schurmann em seu veleiro começaram em 1984 e continuam até os dias de hojeAs viagens da Família Schurmann em seu veleiro começaram em 1984 e continuam até os dias de hoje

História da Família Schurmann

A Família Schurmann - que é composta por Vilfredo e Heloísa, e seus filhos Pierre, David, Wilhelm e Kat - vem escrevendo há mais de 30 anos uma história de como sonhos podem se tornar realidade. Primeiros brasileiros a dar a volta ao mundo em um veleiro, os Schurmann já cruzaram os três oceanos e sete continentes do planeta em suas aventuras pelos mares que começaram em 1984, quando deixaram a segurança da vida em terra firme em busca de um sonho vivido em família.

Nesta primeira grande aventura, os Schurmann viveram dez anos no mar, navegando pelo mundo e conhecendo lugares e culturas exóticas. Tornaram-se a primeira família brasileira a completar uma volta ao mundo em um barco à vela. A rota da expedição Dez Anos no Mar levou a Família Schurmann às Américas do Sul, Central e do Norte, à Oceania e à África.

Já em 1997, apenas três anos depois de retornarem ao Brasil de sua primeira viagem de volta ao mundo, os Schurmann partiram em sua segunda expedição: a Magalhães Global Adventure. Agora com uma nova tripulante a bordo, a pequena Kat, filha de Vilfredo e Heloísa, de apenas cinco anos de idade, a família refaria a rota da esquadra do navegador Fernão de Magalhães.

Refazendo a rota de Magalhães, os Schurmann tornaram-se os primeiros brasileiros a dar a volta ao mundo de veleiro duas vezes. Acompanhados por uma tripulação virtual de mais de 1,5 milhão de pessoas, que seguiram a expedição pela internet, a família retornou ao Brasil no dia 22 de abril de 2000, recebida pelos então presidentes do Brasil e de Portugal em Porto Seguro (BA), como parte das comemorações oficiais pelos 500 anos do Descobrimento. Desde então, a Família Schurmann vem realizando diversas viagens pelo mundo em seu veleiro.



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Comentários

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Carlos Frederico Euler de Paula Freitas

09 de março, 2022 | 22:12

“POLUIÇÃO DOS OCEANOS POR
PLÁSTICO PULVERIZADO

Meu nome é Carlos Frederico Euler de Paula Freitas, tem 70 anos e sou engenheiro mecânico aposentado.
Tenho por hábito, analisar todas as notícias e informações que recebo, para aprofundar em conhecimentos.
Depois de assistir um documentário num canal da History na tv a cabo, me despertou interesse o assunto abordado que era a poluição dos oceanos por plástico pulverizado. Essa poluição se dá em vários pontos dos mares e oceanos do planeta, mesmo naqueles mais distantes dos núcleos habitacionais como a águas oceanográficas da longínqua Groelândia.
É de conhecimento geral que, o plástico demora centenas de anos para se degradar e também que quando isso acorrer, ( no futuro que ainda está distante desse ano de 2021, já os chamados popularmente de plásticos ainda não completaram nem cem anos de criação), provavelmente não será sobre a forma de partículas pulverizadas de plástico mas sim num outro composto de carbono.
Mas como será que esse pulverizado está ocorrendo nós oceanos? Como está sendo produzido?
Bem, vale lembrar, que muitos dos homens, não teem preocupação com a preservação da Natureza e descartam seus resíduos ( lixo), em qualquer lugar, poluindo todos os ambientes terrestres. Durante anos , descartaram as garrafas pets, sem responsabilidade, e o resultado foi uma grande poluição dos cursos de água em vários lugares do nosso planeta.
Então alguém teve a brilhante idéia de reciclar essas garrafas descartadas, transfirmando-as em vassouras para varrição das ruas das cidades. Essa solução foi aprovada e ainda hoje é aplaudida pela mídia, pelos ecologistas e até pela ciência.
Como essas vassouras são mais baratas, quase todas as prefeituras do país as adotaram para varrição de suas ruas. " PARABÉNS"!
Para entender bem essa medida, procurei me informar como eram produzidas essas vassouras. Pude aprender então,que o coletores de resíduos urbanos, as coletam pelas ruas, nas calçadas e nas lixeiras das casas . Toda essa coleta e vendida por eles ao atravessador que depois fornecerá para diversos empreendedores do ramo de reciclagem, incluindo aí os produtores da vassouras de cerdas de plástico de garrafas pets .
As prefeituras, através de licitações, adquirem essas vassouras para o seus departamentos de limpeza pública.
Para poder avaliar o consumo de vassouras por uma prefeitura anualmente, procurei saber dos valores gastos por várias prefeituras em suas compras anuais. Tendo conseguidos esses valores e também o preço médio de cada vassoura nessa compras, calculei quantas vassouras eram consumidas anualmente, numa média que fiz entre várias prefeituras.
Me informei também de quantas garrafas pets eram nescessarias para cada vassoura e vi que são gastas três garrafas pets por vassoura.
Multiplicando a média anual do consumo de vassouras por três calculei a média de garrafas pets por ano por cada prefeitura.
Descobri também o peso de cada garrafa pet vazia e multiplicando por esse o número médio de vassouras por ano por prefeitura, pude verificar também o peso médio anual por prefeitura de plástico consumido.
O peso é da ordem de milhares de quilos por cada prefeitura e se conseguirmos a informação de quantas prefeituras usam esse tipo de vassoura e se obtivermos também o número exato de vassouras da cada uma dessas prefeituras poderemos calcular o peso real anual de plástico envolvido , o que eu estimo em milhões de toneladas , só no Brasil.
Se estimarmos no mundo todo, esse número será astronômico.
Bem, mas o nosso caso aqui é na poluição dos oceanos e mares por plástico pulverizado.
Para mim a origem desse pó de plástico está no uso dessas vassoura de pets reciclados.
A vassoura varre por esfregamento das superfícies urbanas por suas cerdas.
Esse esfregamento é abrasivo ou seja as cerdas das vassouras vão se desgastando por lixamento ( atrito com o solo) gerando o pó de plástico.
Então vesse pó de plantão é levado pelas chuvas ou pelos jatos de água das limpeza das superfícies das cidades até às sargetas e daí vão para os sistemas de esgotos urbanos que desagua nis córregos que alimentam os rios e finalmente chega aos mares e oceanos.
Essa é vá minha conclusão.”

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