21 de maio, de 2021 | 06:44

Farmacêutica brasileira inicia produção da Sputnik V

Doses de imunizante produzidas em laboratório de Brasília serão exportadas para países da América Latina

A farmacêutica brasiliense União Química anunciou nesta quinta-feira (20) que concluiu a produção de seu primeiro lote da vacina contra coronavírus Sputnik V com ingredientes ativos e tecnologia fornecidos pela Rússia.

A vacina, entretanto, não será fornecida aos brasileiros. Os lotes serão exportados para países vizinhos da América do Sul, já que o Brasil ainda não aprovou o imunizante russo para uso interno.
Divulgação
Desembarque dos primeiros lotes da vacina russa na Argentina, em dezembro de 2020Desembarque dos primeiros lotes da vacina russa na Argentina, em dezembro de 2020


Desde o fim de 2020 os russos, a empresa brasileira e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fazem tratativas para a aprovação da vacina, sem chegar a uma conclusão. Entre os países que já aplicam as doses da Sputnik V está a Argentina, cujo programa de imunização foi iniciado no fim de dezembro passado.

A Anvisa questionou a ausência de dados de testes solicitados ao fundo russo, responsável pela comercialização da vacina.

O Instituto Gamaleya de Moscou, que desenvolveu o imunizante, informou que se encarregou do controle de qualidade dos ingredientes do imunizante, que foi envasado na unidade da União Química da cidade de Guarulhos, em São Paulo.

O primeiro lote de 100 mil doses da fábrica foi acondicionado em caixas com rótulos em espanhol, mas os países de destino ainda não foram escolhidos pelo RDIF (Fundo Russo de Investimento Direto), informaram executivos da empresa.

Fernando Marques, executivo-chefe da União Química, informou que o Paraguai, o Uruguai e a Argentina estão interessados em comprar a vacina. A União Química poderá produzir oito milhões de doses por mês quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar seu uso no Brasil, informou Marques.

Marques espera que a aprovação saia em junho, e sua empresa comece a produzir o ingrediente ativo em seu laboratório biomédico de Brasília, em vez de importá-lo da Rússia.

Além do laboratório brasileiro, o fundo russo informou que assinou contratos de produção da Sputnik V com instalações de fabricação da Índia, Argentina, Coreia do Sul, China, Itália, Sérvia, Egito, Turquia, Belarus e Cazaquistão. A vacina já é produzida na Rússia, Sérvia, Egito, Turquia e Argentina. (Com agências)
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